O papa Francisco criticou a Teologia da Libertação, corrente teológica surgida na década de 1970 e criticada pela sua aproximação com o marxismo, em mensagem de vídeo dirigida à Pontifícia Comissão para a América Latina.
Na fala, transmitida durante reunião da comissão em Roma na semana passada para discutir o tema da sinodalidade, Francisco alegou que os adeptos da Teologia da Libertação “não tinham a menor ideia” sobre a realidade da América Latina.
“Lembro-me quando, no início da Teologia da Libertação, que lidava muito com a análise marxista, à qual o papa e o superior-geral dos jesuítas reagiram muito fortemente, apareceram dois volumes sobre a intuição latino-americana, sobre a identidade latino-americana para continuar aquele caminho, e quase 80% das notas eram em alemão”, afirmou o papa.
“Não tinham a menor ideia. Era a ideologização do que é um caminho telúrico latino-americano. E eu digo telúrico porque a espiritualidade latino-americana está ligada à terra, não pode ser separada dela”, acrescentou Francisco.
A respeito da sinodalidade, o papa afirmou que o termo “não designa um método mais ou menos democrático e menos ainda um método ‘populista’ de ser Igreja”, o que descreveu como “desvios”.