Bento XVI autorizou a promulgação de um decreto que reconhece as virtudes heroicas de Irmã Dulce e de outras nove pessoas| Foto: Max Rossi / Reuters

O papa Bento XV assinou nesta sexta-feira (3) o decreto que reconhece a vida de "virtude heroica" da religiosa baiana, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, morta em 1992, aos 77 anos. O reconhecimento é etapa fundamental no processo de beatificação da religiosa brasileira, nascida em 1914. Segundo informações da Sala de Imprensa do Vaticano, Bento XVI recebeu em audiência privada o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, dom Angelo Amato, e autorizou a promulgação dos decretos que reconhecem as virtudes heroicas de irmã Dulce e de outras nove pessoas.

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Com o decreto, ratifica a decisão tomada por unanimidade pelo colegiado da Congregação para a Causa dos Santos, do Vaticano, em 20 de janeiro, e permite que a Irmã Dulce ser chamada de "Venerável Dulce".

Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, irmã Dulce nasceu em Salvador, Bahia. Chamada pelo povo baiano de "anjo bom", irmã Dulce desenvolveu intensa atividade assistencial, criando uma rede de obras sociais, especialmente no campo da saúde.

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Em recente visita ao Brasil, o postulador da causa da beatificação da religiosa, o frei italiano Paulo Lombardo, destacou que a aprovação do título de "Venerável" seria a etapa "mais importante e mais difícil do processo de canonização".

"Com esta declaração, o papa reconhece a santidade de vida da irmã, ou seja, não é apenas um milagre que faz o santo, são as suas virtudes santas durante uma vida inteira", disse o frei.

O título representa o reconhecimento da Igreja de que a religiosa "viveu, em grau heróico, as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade" e é o último estágio antes do processo de beatificação da freira - que corre desde janeiro de 2000.