O papa Bento XVI deu, nesta quinta-feira (9), declarações favoráveis à possível santificação do papa Pio XII. O atual pontífice defendeu o antecessor que ocupou o posto durante a Segunda Guerra e é acusado por alguns de fazer pouco para defender os judeus do Holocausto. Bento XVI afirmou que o antecessor agiu silenciosamente para salvar quantos judeus fosse possível. Também demonstrou o desejo de que sua beatificação ocorresse sem obstáculos. A beatificação é o último passo formal necessário antes da santificação.
Com vestes vermelhas, Bento XVI celebrou uma missa na basílica de São Pedro para marcar o 50.º aniversário da morte de Pio, que se tornou pontífice em 1939, meses antes do início da Segunda Guerra (1939-45).
Alguns escritores e líderes judaicos acusaram Pio XII de não fazer o suficiente para interromper o Holocausto, que matou até seis milhões de judeus. O Vaticano constantemente defende Pio XII, afirmando que ele usou uma diplomacia discreta para ajudar os judeus. Segundo essa versão, o ex-pontífice era cauteloso em suas críticas a Adolf Hitler por temer que isso pudesse piorar a situação.
"Como podemos esquecer a mensagem de rádio do Natal de dezembro de 1942?", questionou o atual papa. Nessa ocasião Pio XII deplorou a situação de "centenas de milhares de pessoas" que, por questões étnicas ou de nacionalidade, estavam "condenadas à morte". Bento XVI apontou que essa é uma clara referência às deportações e aos extermínios em massa cometidos pelo regime nazista alemão.
Entre os que choraram a morte de Pio XII em 9 de outubro de 1958 lembrou Bento, estava a então ministra de Relações Exteriores israelense, Golda Meir. Ela, que depois foi também primeira-ministra, saudou o trabalho do pontífice em prol das vítimas da guerra.
O Vaticano tem usado a data do aniversário de morte para defender o ex-líder religioso. Uma exposição será inaugurada ainda neste mês com fotos registrando o auxílio dado pelo Vaticano aos refugiados durante a Segunda Guerra.
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