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Religião

Papa Francisco encoraja jovens russos a “semear sementes de reconciliação”

O papa Francisco durante a audiência geral de 23 de agosto, no Vaticano. (Foto: Maurizio Brambatti/EFE)

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O papa Francisco dirigiu-se a jovens católicos da Rússia por meio de videoconferência e encorajou-os a serem “semeadores das sementes da reconciliação” em meio a tantos conflitos, embora sem mencionar diretamente a invasão da Ucrânia. “Desejo a vocês, jovens russos, a vocação de serem artesãos da paz em meio a tantos conflitos, em meio a tantas polarizações que existem por todos os lados, que assombram o nosso mundo”, disse o pontífice, dirigindo-se aos participantes do X Encontro de Jovens Católicos da Rússia, na cidade de São Petersburgo. “Convido-os a ser semeadores de sementes, de sementes de reconciliação, pequenas sementes que neste inverno de guerra não brotarão por enquanto na terra congelada, mas florescerão em uma futura primavera”, afirmou Francisco.

No discurso, proferido na sexta, mas divulgado neste sábado pela Santa Sé, não é feita nenhuma referência direta à invasão da Ucrânia, um conflito com o qual o pontífice costuma ser muito cauteloso e sobre o qual realiza uma missão diplomática em busca de uma mediação. No entanto, depois da mensagem aos jovens, Francisco respondeu a algumas perguntas dos jovens russos e abordou a questão da Ucrânia em resposta a uma menina. Segundo a Agência Fides, a menina perguntou-lhe como a diplomacia deveria ser usada para superar o conflito. “A verdadeira diplomacia não teme os conflitos, mas não os encoraja: pega os conflitos e acompanha-os, através do diálogo e da oração. Entender a posição do outro e também limitar seus erros. A diplomacia não é fácil. Bons diplomatas fazem muito bem à humanidade. Não é um trabalho fácil, mas é muito proveitoso”, respondeu Francisco. “E isto é válido para a situação na Ucrânia e para a de outros países. A diplomacia sempre constrói, não destrói”, completou.

Em seu discurso, o papa argentino também defendeu sua ideia de uma Igreja inclusiva e garantiu que “o amor de Deus é para todos e a Igreja pertence a todos”. “Sonho com uma Igreja onde ninguém sobre, onde ninguém seja demais. Por favor, que a Igreja não seja uma aduana para selecionar quem entra e quem não entra. Não, todos, todos. A entrada é livre”, ressaltou.

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