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Liberdade de religião

Papa diz que perseguição religiosa é “inaceitável” e “desumana”

O papa Francisco fala a fiéis reunidos na Praça São Pedro durante a Oração do Angelus, 2 de janeiro (Foto: )

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O papa Francisco afirmou nesta terça-feira que a perseguição e a discriminação contra minorias religiosas são atos "inaceitáveis" e "desumanos".

O papa também declarou que "a liberdade religiosa não se limita à liberdade de culto, ou seja, a que se possa ter um culto no dia prescrito pelos seus livros sagrados". A mensagem do papa Francisco foi feita em um vídeo com a primeira intenção de oração deste ano.

"Como é possível que hoje muitas minorias religiosas sofram discriminação ou perseguição? Como permitimos que nesta sociedade altamente civilizada existam pessoas que são perseguidas simplesmente por professar publicamente sua fé? Isso não só é inaceitável, é desumano, é insano", ressaltou.

"Como seres humanos, temos tantas coisas em comum que podemos conviver acolhendo as diferenças com a alegria de ser irmãos. Que uma pequena diferença, ou uma diferença substancial como a religiosa, não obscureça a grande unidade de ser irmãos. Vamos escolher o caminho da fraternidade. Porque ou somos irmãos, ou todos perdemos", acrescentou.

"Rezemos para que as pessoas que sofrem discriminação e perseguição religiosa encontrem nas sociedades em que vivem o reconhecimento e a dignidade que nasce de ser irmãos e irmãs", concluiu o papa.

Papa lamenta falta de vacinas em países pobres

Ainda nesta terça-feira, o papa Francisco lamentou as desigualdades que existem no acesso à saúde, especialmente nos países mais pobres, onde de acordo com ele "receber tratamento adequado continua sendo um luxo".

Em mensagem por ocasião do XXX Dia Mundial dos Enfermos, que tem como tema "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso", o pontífice também criticou "a falta de disponibilidade de vacinas" contra a Covid-19.

"Estou pensando, sobretudo, nos habitantes das regiões mais pobres do planeta, onde às vezes é preciso percorrer longas distâncias para encontrar centros de saúde que, apesar dos recursos limitados, oferecem tudo o que têm à disposição", disse.

Na mensagem, Francisco agradeceu às igrejas locais por seu trabalho, mas reiterou que "ainda há um longo caminho a percorrer para garantir que todas as pessoas enfermas, especialmente nos lugares e situações de maior pobreza e exclusão, recebam os cuidados de saúde de que necessitam, bem como o acompanhamento pastoral".

O papa lembrou, ainda, de todos os enfermos que, "durante este tempo de pandemia, viveram a última etapa de suas vidas na solidão de uma unidade de terapia intensiva", sem entes queridos por perto.

Por esta razão, ele pediu a todos os agentes de saúde que tenham em mente que "o paciente é sempre mais importante do que sua doença, e por esta razão toda abordagem terapêutica não pode transcorrer sem que se ouça o paciente, sua história, suas angústias e seus medos".

Nesta linha, Francisco destacou que "mesmo quando não é possível curar, é sempre possível cuidar, consolar e fazer as pessoas sentirem uma proximidade que mostra interesse na pessoa, e não em sua patologia".

Por fim, o pontífice enfatizou a importância da presença de testemunhas da caridade de Deus que mostram a "misericórdia do Pai" para com os enfermos e dos centros de saúde abertos pela comunidade cristã.

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