O papa Bento XVI disse nesta quarta-feira (28) que sente uma "completa e indiscutível solidariedade" com os judeus. Apesar disso, revogou recentemente a excomunhão de um bispo que colocou em dúvida o genocídio nazista. Bento XVI porém advertiu que não tolerará qualquer negação dos crimes cometidos pelos nazistas.
A decisão do papa de revogar a excomunhão do bispo Richard Williamson, que negou que seis milhões de judeus tenham sido assassinados pelos nazistas em campos de concentração, causou grande indignação na comunidade judaica. O Vaticano já havia explicado que revogar a excomunhão de Williamson não significava que a Santa Sé compartilhe de seus pontos de vista.
"Ao renovar minha completa e indiscutível solidariedade com nossos irmãos", disse Bento XVI, "desejo que a recordação da Shoá (holocausto em hebraico) faça com que a humanidade reflita sobre o imprevisível poder do mal quando conquista os corações do homem", afirmou o pontífice. Bento XVI revogou a excomunhão de Williamson e outros três bispos na semana passada. Os quatro foram excomungados há 20 anos, logo após serem consagrados pelo arcebispo ultraconservador Marcel Lefebvre, sem o consentimento do papa.
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