CIDADE DO VATICANO - O Papa Bento XVI alertou nesta segunda-feira sobre o "choque de civilizações" provocado pela "perversão moral" do terrorismo.
O líder da Igreja Católica também pediu pela paz entre os israelenses e os palestinos e conclamou os países do mundo todo a gastarem menos com as armas e mais com os pobres.
O Papa, de 78 anos, apresentou suas opiniões a respeito do cenário internacional em seu primeiro pronunciamento sobre "o estado do mundo" - um discurso tradicional de Ano Novo proferido diante dos diplomatas de mais de 170 países.
Bento XVI, eleito em abril passado, afirmou que várias partes do mundo testemunharam "cenas dolorosas de conflitos militares" e pediu que todos os países abram mão da "lei do poder" ao tentar resolver suas diferenças.
O discurso, proferido em francês, foi feito em um salão do Vaticano em meio à apreensão da comunidade internacional com a saúde do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, e com as conseqüências da doença dele para a paz no Oriente Médio e no mundo.
O Pontífice disse que a Terra Santa era um "ponto central do cenário mundial" e que a solução dos problemas da região é vital para a paz internacional.
- Lá, o Estado de Israel precisa ser capaz de existir pacificamente e em conformidade com as normas do direito internacional. Lá, igualmente, o povo palestino precisa ser capaz de desenvolver em serenidade suas próprias instituições democráticas para um futuro livre e próspero - afirmou.
O perigo de um "choque de civilizações" foi transformado em algo "mais agudo devido ao terrorismo organizado, que já se disseminou por todo o planeta", disse o Papa.
- Suas causas são muitas e são complexas, entre as quais aquelas que têm relação com a ideologia política combinada com idéias religiosas aberrantes. Nenhuma situação pode justificar tal atividade criminosa, que cobre seus perpetradores de infâmia - acrescentou.
Bento XVI afirmou que estava pensando em especial no Iraque, "o berço de grandes civilizações, que nos últimos anos sofreu diariamente com os atos violentos do terrorismo".
Novamente, o Papa defendeu o corte de gastos com as armas a fim de ajudar os pobres.
- Com base nos dados estatísticos disponíveis, podemos dizer que menos da metade das imensas somas gastas no mundo todo com os armamentos seria mais do que suficiente para tirar uma grande quantidade dos pobres do estado de privação - comentou o chefe da Igreja Católica.
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