O papa Bento 16 e o líder da Igreja Ortodoxa Cipriota prometeram no sábado trabalhar pela paz no Oriente Médio, dizendo que temem uma crise crescente "com consequências desastrosas".
Em declaração conjunta emitida depois de uma visita feita ao Vaticano pelo arcebispo Crisóstomo 2o do Chipre, os dois líderes disseram que vão "intensificar a busca pela unidade plena entre todos os cristãos".
Crisóstomo 2o declarou no início da semana que estaria disposto a agir como intermediário para tentar organizar um encontro entre o papa e o patriarca ortodoxo de Moscou, Alexiy 2o. Seria o primeiro encontro entre um papa e um patriarca ortodoxo russo.
As relações entre o Vaticano e a Igreja russa, a mais importante da ortodoxia mundial, têm sido especialmente tensas desde a fragmentação da União Soviética, em 1991.
Os dois líderes religiosos disseram ter analisado as "tensões e divisões" de Chipre e o conflito no Oriente Médio, "onde a guerra e o conflito entre povos correm o risco de se ampliar, com consequências desastrosas".
"Nossas igrejas pretendem exercer um papel de pacificação, justiça e solidariedade" no Oriente Médio, disseram Bento e Crisóstomo. "É nosso desejo promover... um diálogo sincero entre as diversas religiões que estão presentes e operam na região."
O papa Bento 16 disse a Crisóstomo, em cerimônia realizada após o encontro deles, que sua visita foi "uma iniciativa muito útil para nos fazer avançar em direção à unidade almejada por Cristo".
O papa disse que, apesar "das divisões seculares, dos caminhos divergentes e... do trabalho duro de sanar chagas dolorosas, o Senhor nunca deixou de guiar nossos passos rumo à unidade e à reconciliação".
Os dois líderes também pediram maior respeito pelo meio ambiente e expressaram "grave preocupação" com questões de bioética, dizendo que determinadas técnicas genéticas acabarão por "prejudicar a dignidade do homem".
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