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Raúl Castro cumprimentou Bento XVI com um aperto de mão e uma reverência, ainda na escada de descida do avião. "Cuba o recebe com afeto e respeito e se sente honrada com sua presença", disse o presidente cubano | REUTERS/Desmond Boylan
Raúl Castro cumprimentou Bento XVI com um aperto de mão e uma reverência, ainda na escada de descida do avião. "Cuba o recebe com afeto e respeito e se sente honrada com sua presença", disse o presidente cubano| Foto: REUTERS/Desmond Boylan

Papa Bento XVI declarou nesta segunda-feira (26), ao desembarcar no aeroporto de Santiago de Cuba, primeira etapa de sua histórica visita à ilha, que guarda no coração "as justas aspirações e desejos legítimos de todos os cubanos" e que visita o país como "peregrino da caridade".

O avião do Vaticano, um Boeing 777 da companhia Alitalia, aterrissou por volta das 14h20 locais (16h20 de Brasília). No aeroporto Bento XVI já era esperado pelo presidente de Cuba, Raúl Castro; o cardeal Jaime Ortega, máxima autoridade católica na ilha, e o presidente da Conferência de Bispos Católicos cubanos, Dionisio García, entre outros. Cuba recebe assim a segunda visita papal de sua história, após a viagem de João Paulo II em 1998.

"Levo em meu coração seus sofrimentos e alegrias, assim como suas preocupações e seus anseios mais nobres, de modo especial dos jovens e dos anciãos, dos adolescentes e das crianças, dos enfermos e dos trabalhadores, dos presos e seus familiares, assim como dos pobres e necessitados", disse.

"Venho a Cuba como peregrino da caridade, para confirmar a meus irmãos na fé e alentá-los na esperança, que nasce da presença do amor de Deus em nossas vidas", acrescentou o Papa, diante do presidente Raúl Castro na cerimônia de boas-vindas em Santiago de Cuba (sudeste).

Bento XVI destacou que a Virgem da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba, "vem sustentando a fé, encorajando a defesa e a promoção de tudo o que dignifica a condição humana e seus direitos fundamentais; e ainda hoje, continua a fazê-lo, com mais força".

Disse que pedirá a intercessão da Virgem "para que ela guie os destinos desta nação amada pelos caminhos da justiça, da paz, da liberdade e da reconciliação".

"As profundas raízes cristãs (...) formam a identidade mais profunda da alma cubana", observou, ao responder a saudação feita pelo presidente Castro.

O Papa destacou que se tornava realidade "um momento tão desejado que, graças à bondade divina, pude concretizar".

Raúl Castro o cumprimentou com um aperto de mão e uma reverência, ainda na escada de descida do avião. "Cuba o recebe com afeto e respeito e se sente honrada com sua presença", disse o presidente cubano.

"Estamos satisfeitos com as estreitas relações entre a Santa Sé e Cuba", disse o governante, que também aproveitou para relatar, "como acontecimento de grande significado", a recente peregrinação nacional em louvor à Virgem da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba.

"Temos enfrentado carências, mas nunca deixamos de compartilhar com os que têm menos", disse o governante.

Durante os três dias que permanecerá na ilha, o papa visitará o Santuário de Nossa Senhora da Caridad del Cobre, próximo a Santiago, para depois voar a Havana onde na quarta-feira (28) rezará uma missa na emblemática Praça da Revolução, entre outros atos.

Este é a segunda viagem de Bento XVI à América Latina, depois da visita que fez ao Brasil em 2007, e a 23ª que realizou pelo mundo em quase sete anos de Pontificado.

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