O papa Bento 16 disse na sexta-feira, no início de uma delicada viagem ao Oriente Médio, que torce para que a Igreja Católica consiga contribuir para a paz na região.
Falando no voo que o levou a Amã, o pontífice afirmou que os esforços de paz no Oriente Médio são muitas vezes prejudicados por interesses partidários, e que a Igreja poderia dar ajuda espiritual na busca por soluções.
O papa, de 82 anos, deve visitar Jordânia, Israel e os territórios palestinos até o dia 15.
"Não somos um poder político, mas uma força espiritual, e esta força espiritual é uma realidade que pode contribuir no progresso do processo de paz", afirmou ele a jornalistas.
A viagem exigirá um delicado equilíbrio entre as relações da Igreja com Israel e o seu apoio aos direitos dos palestinos.
O novo governo de direita de Israel reluta em aceitar a futura criação de um Estado palestino, o que torna ainda mais delicada qualquer declaração do papa a respeito do tema.
Mas todos os envolvidos devem ouvir atentamente a tudo o que o papa disser, especialmente durante uma visita a um campo de refugiados palestinos próximo a Belém, na Cisjordânia ocupada.
Na Jordânia, o papa visitará uma mesquita pela segunda vez em seu pontificado, além dos locais onde Jesus teria sido batizado e onde Moisés teria visto a Terra Prometida e morrido. Também celebrará missa campal e encontrará líderes religiosos.
Na segunda metade da viagem, ele passará por Jerusalém e por outros locais bíblicos, como Belém, além do memorial do Holocausto Yad Vashem.