A missa de Páscoa no Vaticano fugiu ao seu tom tradicionalmente religioso e foi marcada por uma defesa ferrenha do papa Bento XVI, em meio a acusações de acobertamento de abusos sexuais envolvendo a Igreja Católica.
O pontífice e vários bispos têm sido acusados de acobertar casos de abusos sexuais cometidos contra crianças em paróquias, escolas, orfanatos e outras instituições administradas pela Igreja. Muitas das vítimas exigem que Bento XVI assuma responsabilidade diante das acusações. Em sua mensagem "Urbi et Orbi", no entanto, o papa evitou fazer referência direta ao escândalo.
O decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, defendeu o papa contra o que ele chamou de "fofocas mesquinhas" e aclamou o pontífice por sua liderança e coragem "inabaláveis".
"Santo Pai, ao seu lado estão as pessoas de Deus, que não se deixam influenciar pelas fofocas mesquinhas do momento, pelas provações que às vezes atingem a comunidade de fiéis," disse Sodano no início da missa.
Em sua mensagem após a missa, o papa falou sobre o sofrimento dos cristãos no Iraque e no Paquistão, e das vítimas dos terremotos no Haiti e no Chile. Bento XVI também disse esperar que a coexistência pacífica prevaleça sobre a violência nos países latino-americanos, e prometeu rezar pela paz no Oriente Médio.
O papa, no entanto, ignorou o apelo de vítimas para que assumisse algum tipo de responsabilidade pela prática, comum entre bispos no passado, de remanejar padres pedófilos em vez de excomungá-los. As acusações contra o papa se referem ao período em que ele era arcebispo de Munique, e também à época em que ele era responsável, em Roma, por lidar com uma série de dossiês sobre padres pedófilos.
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