Entre os alvos da espionagem americana estava o Vaticano, de acordo com uma reportagem que a revista italiana "Panorama" publicará na quinta-feira. Conversas partindo da Cidade do Vaticano, incluindo da residência onde estava o então cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, foram monitoradas pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), antes e possivelmente durante o conclave que o escolheu como sucessor de Bento XVI.

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Segundo a revista, que cita os documentos vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, as ligações do Vaticano estavam entre as 46 milhões de conversas monitoradas na Itália de 10 de dezembro de 2012 a 8 de janeiro de 2013.Ainda de acordo com "Panorama", o monitoramento poderia ter continuado durante o período do conclave, em 12 de março deste ano e levanta a suspeita de que as conversas do então futuro Pontífice possam ter sido monitoradas.A publicação lembra que o nome de Bergoglio já havia surgido nos documentos filtrados pelo portal WikiLeaks de Julian Assange.As chamadas recebidas e discadas do Vaticano capturadas e monitoradas pela NSA foram classificadas em quatro categorias: intenções de liderança, ameaças ao sistema financeiro, objetivos de política externa e direitos humanos.Há suspeitas de que ligações sobre a eleição do novo presidente do banco do Vaticano, o alemão Ernst von Freyberg, também foram monitoradas.O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou que não tem informações sobre o assunto e acrescentou que não se preocupa com as denúncias.

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