A agenda do Papa Francisco na Mongólia vai até a próxima segunda-feira (04)| Foto: EFE/EPA/CIRO FUSCO
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O papa Francisco chegou nesta sexta-feira (01/09) à Mongólia, tornando-se assim o primeiro pontífice a visitar o país, com o objetivo de incentivar a pequena comunidade católica de cerca de 1.400 pessoas.

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Entre as primeiras atividades desde a recente chegada está o envio de uma "mensagem de paz" à vizinha do país, China, em mais um esforço de aproximação com o território asiático.

Segundo o Vaticano, o Papa enviou um telegrama com "orações" e "desejos bons" ao ditador Xi Jinping, líder do Partido Comunista Chinês (PCC). "Assegurando minhas orações pelo bem-estar da nação, invoco sobre vocês todas as bençãos divinas de unidade e paz", diz o recado.

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Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que deseja "reforçar a confiança mútua" entre a China e o Vaticano, que não mantém diplomacia no momento, e "fortalecer um processo de melhoria nas relações bilaterais".

Após pousar no Aeroporto Internacional de Chinggis Khaan, na Mongólia, Francisco foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Battsetseg Batmunkh, e por uma jovem que lhe ofereceu iogurte seco, um costume típico local.

Em seguida, ele foi descansar na residência do bispo da Prefeitura Apostólica da capital mongol, Ulan Bator, cardeal Giorgio Marengo, já que o Vaticano não tem uma nunciatura (embaixada) no país.

Durante a viagem, o papa enfatizou que iria visitar uma população pequena que vive em um território enorme, uma população pequena "mas com uma grande cultura" e pediu para refletir sobre o silêncio das estepes, pois disse que "a Mongólia é compreendida com os sentidos".

A agenda de sábado do pontífice será dedicada a reuniões institucionais: pela manhã com autoridades civis, incluindo o presidente e o primeiro-ministro, e à tarde com bispos, sacerdotes e missionários consagrados, cerca de 80 em todo o país, com apenas nove paróquias, quatro delas na capital, onde se concentra 40% da população desse país, um dos mais despovoados do mundo.

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Francisco se reunirá com o clero na Catedral dos Santos Pedro e Paulo, construída no século XX com uma estrutura que lembra as yurts, as típicas tendas circulares da Ásia Central construídas para se abrigar do frio e dos fortes ventos das estepes.

O papa também celebrará uma missa na tarde de 3 de setembro na Steppe Arena para os 1.500 fiéis que vivem na Mongólia, 90% dos quais moram na capital, mas também terá a companhia de outros 1.000 fiéis de países da região, como Rússia, China, Tailândia, Cazaquistão, Quirguistão, Azerbaijão e Vietnã.

No domingo, o papa vai presidir um evento ecumênico e inter-religioso no Hun Theatre, que contará com a presença de representantes do xamanismo, xintoísmo, budismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo e outras religiões.

Na segunda-feira (04), último dia da viagem, Francisco vai inaugurar a Casa da Caridade, um lugar para dar abrigo e ajuda aos mais necessitados do país, onde 36% da população vive abaixo da linha da pobreza. (Com informações da Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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