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O papa Francisco brincou com o público após deixar, nesta sexta-feira (16), o hospital Gemelli, em Roma. No local, o papa foi operado de uma hérnia abdominal no último dia 7. "Ainda estou vivo", disse ele a jornalistas que o aguardavam em sua saída.
Francisco também expressou "sua dor imensa" pelos migrantes que morreram vítimas de um naufrágio ocorrido na última quarta-feira (14), na costa da Grécia.
O pontífice deixou a porta principal do hospital às 8h (hora local) em uma cadeira de rodas e, além da imprensa, algumas dezenas de pessoas o esperavam ao lado de fora.
“Obrigado pelo que vocês fazem”, disse ele aos jornalistas que o esperavam na saída. Questionado sobre algumas palavras sobre a nova tragédia dos migrantes no mar Jônico, o papa disse: “tanta, tanta dor”.
Francisco apareceu muito sorridente e foi acompanhado até o carro pelo cirurgião que operou sua hérnia abdominal e também o cólon em julho de 2021, Sergio Alfieri.
Alfieri garantiu que o pontífice "está bem, melhor do que antes", referindo-se às dores causadas pela hérnia abdominal, e que continuará sua recuperação no Vaticano, embora "já tenha retomado o trabalho".
Ele assegurou que o papa confirmou todas as viagens (Mongólia e Lisboa) e que “poderá enfrentá-las melhor porque não tem o desconforto que tinha antes”. "Ele será um papa mais forte do que antes", acrescentou o cirurgião.
Antes de retornar ao Vaticano, Francisco quis parar na Basílica de Santa Maria Maggiore para rezar, como faz antes e depois de suas viagens, diante da imagem da Virgem "Salus Populi Romani".
Durante esses nove dias de internação, a equipe médica que o atendeu afirmou que o pós-operatório do pontífice transcorreu normalmente.
O Vaticano havia cancelado todas as atividades de Francisco até 18 de junho, mantendo o restante dos atos para os dias seguintes. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o de Cuba, Miguel Díaz-Canel, já anunciaram uma viagem a Roma para se encontrar com o pontífice na próxima semana.