O prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, o cardeal argentino Victor Manuel Fernández, durante a oração do Rosário pela saúde do papa Francisco, no Vaticano, no final de fevereiro| Foto: EFE/EPA/FABIO FRUSTACI
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O prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, o cardeal argentino Victor Manuel Fernández, que é muito próximo do papa Francisco, disse nesta sexta-feira (21) que o pontífice, depois de deixar o hospital, “começará uma nova etapa” na qual “haverá surpresas”, e comentou que não acha que ele renunciará.

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“O papa é um homem de surpresas e certamente terá aprendido muitas coisas neste mês e elas sairão de sua cartola, mesmo sabendo que isso significa um esforço muito pesado para ele, um momento difícil, sei que será frutífero para a Igreja e para o mundo”, explicou Fernández, falando a jornalistas à margem de um evento. Quanto à possibilidade de renunciar, o prefeito foi direto: “Não acredito nisso. Não”.

Sobre o estado de saúde do pontífice, de 88 anos, que está hospitalizado desde 14 de fevereiro devido a problemas respiratórios, ele acrescentou que sempre esteve confiante na recuperação “porque ele está fisicamente muito bem”.

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“Agora precisamos de reabilitação porque um longo período de oxigenação de alto fluxo seca a tosse e você quase precisa reaprender a falar. O estado geral de seu organismo está como antes”, explicou.

O cardeal argentino disse que o papa gostaria de voltar para a Páscoa, “mas os médicos querem ter 100% de certeza e preferem esperar um pouco”, porque “ele tem seu modo de vida, quer dar tudo de si e o pouco tempo que lhe resta ele quer usar ‘para não se curar’”.

Fernández revelou que o papa “não queria ir para o hospital, ele foi convencido por alguns amigos muito próximos”.

“Ele tem uma força imensa, uma capacidade de sacrifício, de dar sentido a esses momentos sombrios...”, acrescentou sobre o pontífice.

A saúde do papa Francisco continua a melhorar e ele foi retirado da ventilação mecânica não invasiva, a máscara de oxigênio que usava à noite no hospital Gemelli, em Roma, enquanto a infecção está sob controle, de acordo com as últimas informações após 36 dias internado.

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