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O papa Francisco recita a oração do Angelus, neste domingo, na Praça São Pedro, no Vaticano
O papa Francisco recita a oração do Angelus, neste domingo, na Praça São Pedro, no Vaticano| Foto: EFE/FABIO FRUSTACI

A cirurgia do Papa Francisco, de 84 anos, foi bem sucedida, de acordo com boletim divulgado na noite deste domingo (4) pelo Vaticano. O pontífice havia sido internado nesta manhã no hospital Policlínico A. Gemelli, de Roma, para uma cirurgia programada para reparar uma "estenose diverticular sintomática no cólon", segundo comunicado do porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, divulgado mais cedo.

O novo comunicado afirma que o papa Francisco foi submetido à noite à operação cirúrgica. "O Santo Padre reagiu bem à intervenção realizada sob anestesia geral", afirma a breve nota do porta-voz do Vaticano. Não foi divulgado quanto tempo o pontífice terá de permanecer sob observação, embora a imprensa local tenha estimado que ele deve ficar cinco dias internado.

Nesta manhã, poucas horas antes da cirurgia, o papa Francisco presidiu a oração dominical do Angelus para fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Correção no cólon

O anúncio da operação foi feito pelo Vaticano pouco depois das 15h (horário local, 10h de Brasília). Duas horas antes, o pontífice havia sido internado no hospital de forma totalmente anônima e acompanhado apenas por um motorista e por um de seus colaboradores mais próximos, de modo que sua presença passou despercebida no centro médico, segundo fontes hospitalares citadas pela imprensa local.

Francisco foi levado ao 10º andar da Policlínica Universitária, mesma área que no passado já recebeu o papa João Paulo II, acrescentam as fontes.

O anúncio da operação foi uma surpresa, pois não se sabia que Francisco teria de se submeter a uma operação que estava marcada para o início de julho, mês em que o pontífice reduz ao máximo suas ações para descansar e apenas mantém sua presença na oração dominical do Angelus.

De acordo com especialistas em sistema digestivo, o objetivo desse tipo de cirurgia é reduzir os problemas causados pelos divertículos, que são pequenas hérnias na parede do cólon com largo espectro de manifestações clínicas incluindo sangramento, inflamação (diverticulite) ou complicações associadas a esta (obstrução ou perfuração).

A doença diverticular do cólon é muito comum na sociedade ocidental e afeta quase 65% da população aos 85 anos de idade.

Nos últimos tempos, Francisco sofreu vários episódios de dor no nervo ciático que o obrigaram a adiar alguns compromissos, mas outras doenças são desconhecidas, exceto aquelas que o próprio Papa revelou no passado.

Em entrevista ao jornalista e médico argentino Nelson Castro em Roma em 2017, o pontífice deu detalhes da operação que sofreu em 1957, quando era um seminarista de 21 anos, para remover o lóbulo superior do pulmão direito em que haviam detectado três cistos, e de outra operação, anos depois, para a remoção da vesícula biliar.

Ele também relatou um problema cardíaco em 2004 e disse que quando já era papa foi diagnosticado com esteatose hepática, que superou com uma dieta especial que também o fez perder peso.

Francisco também explicou que tem um estreitamento do espaço intervertebral entre a quarta e a quinta vértebras lombares, e entre esta e o sacro, e que sofre de pés chatos.

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