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O Papa Francisco presidirá o funeral de Bento XVI na próxima quinta-feira (5) na Praça de São Pedro, no Vaticano, às 9h30 (horário local), segundo anunciou o diretor do serviço de imprensa da Santa Sé neste sábado (31), logo após a morte do papa emérito aos 95 anos. O corpo de Bento XVI estará exposto na Basílica de São Pedro a partir de segunda-feira (2).
De acordo com o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, Joseph Ratzinger havia recebido a extrema-unção - ou sacramento dos enfermos - pouco antes de sua morte, neste sábado (31), depois de uma súbita piora na saúde nos últimos dias. Segundo Bruni, Bento XVI deixou como último desejo que seu funeral fosse "o mais simples possível. Solene, mas sóbrio".
Além disso, explicou que, no momento de sua morte, Bento XVI estava com seu fiel secretário, monsenhor George Ganswein, e com as quatro mulheres do movimento Memores Domini que cuidaram dele pelos quase 10 anos em que viveu em Mater Ecclesiae, nos jardins do Vaticano, enquanto se revezavam para nunca deixá-lo sozinho.
A liderança católica também confirmou que a celebração do Te Deum do Papa Francisco na Basílica de São Pedro acontecerá neste sábado às 17h (13h em Brasília), conforme planejado originalmente. Esse será o primeiro discurso público do soberano pontífice desde o anúncio da morte de seu antecessor.
A preocupação com o estado de saúde do papa e teólogo alemão surgiu na quarta-feira (28) quando seu sucessor, Francisco, reconheceu que ele estava "muito doente" e pediu "uma oração especial" aos fiéis que compareceram à audiência geral.
Pouco depois, Bruni confirmou que a situação de Bento XVI havia se agravado “devido à sua idade avançada”. Um dia depois, a Santa Sé que o papa emérito “conseguiu descansar bem à noite, estava absolutamente lúcido e vigilante” e permaneceu em condição “estável” apesar da gravidade. Situação que se manteve no dia 30 de dezembro, quando conseguiu inclusive assistir a uma missa celebrada no seu quarto.
Bento XVI havia decidido passar esses momentos no mosteiro onde reside desde sua histórica renúncia ao papado, anunciada em 11 de fevereiro de 2013 e consumada em 28 do mesmo mês, pela primeira vez em seis séculos, desde a época de Gregório XII.