Papa Francisco receberá no Vaticano famílias de reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas

O papa Francisco receberá nesta segunda-feira (8), no Vaticano, as famílias de alguns reféns que ainda são mantidos em cativeiro pelo Hamas, conforme anunciou neste domingo (7) o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, em visita oficial a Roma.

“Agradeço ao papa por ter respondido ao pedido de receber as famílias dos reféns para lhes dar forças e apoiar o regresso dos sequestrados. O apoio do papa tem um grande peso moral e prático e estou convencido de que contribuirá para que voltem para casa", afirmou o ministro em nota.

A audiência com o papa, segundo o chanceler, foi confirmada para hoje, embora a Santa Sé ainda não tenha dado detalhes sobre o assunto.

O objetivo, frisou Katz, é “aumentar a consciência sobre a questão da libertação dos reféns e garantir que qualquer cessar-fogo esteja condicionado à libertação dos reféns”.

Francisco, que acompanha de perto a guerra no Oriente Médio e tem incentivado as negociações, já recebeu no dia 22 de novembro parte dos familiares dos reféns israelenses, bem como um grupo de dez palestinos com parentes residentes em Gaza.

O ministro Katz, por sua vez, também se reunirá com o secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, Paul Richard Gallagher, a quem transmitirá “a importância de aumentar a pressão para conseguir a libertação das 133 pessoas ainda mantidas reféns pelo grupo terrorista palestino”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou que não haverá acordo de trégua na Faixa de Gaza se a libertação destas pessoas não for alcançada, justo quando se completam seis meses do ataque de 7 de outubro que desencadeou o conflito.

O chefe da diplomacia israelense está em Roma, acompanhado das famílias dos sequestrados e, neste domingo (7), foi recebido pelo seu homólogo italiano Antonio Tajani, que pediu para facilitar a chegada de alimentos e ajuda médica a Gaza. Da mesma forma, nesta segunda se reunirá em Roma com os ministros da Defesa, Guido Crosetto, e os ministros do Interior, Matteo Piantedosi. (Com Agência EFE)