O papa ora numa igreja destruída em Mosul, na sua visita ao Iraque em março de 2021| Foto: EFE/EPA/ALESSANDRO DI MEO
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O papa Francisco, que está completando 88 anos nesta terça-feira (17), revelou em trechos da sua autobiografia, que será lançada em janeiro, que terroristas tentaram matá-lo quando ele visitou o Iraque em 2021.

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Trechos do livro foram publicados nesta terça-feira pelo jornal italiano Corriere della Sera e pelo americano The New York Times.

Segundo os dois periódicos, o papa escreveu que, durante a viagem dele ao Iraque em março de 2021, a inteligência britânica informou à polícia iraquiana que uma mulher usando explosivos estava indo em direção a Mosul, com o objetivo de explodir a si mesma durante a visita dele à cidade.

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“E que um caminhão estava indo para lá rapidamente com a mesma intenção”, informou o papa na autobiografia, escrita com o italiano Carlo Musso.

Sob forte esquema de segurança, a visita ocorreu normalmente, e mais tarde Francisco perguntou à equipe de segurança do Vaticano o que aconteceu com os terroristas que planejavam matá-lo.

“O comandante respondeu laconicamente: ‘Eles não estão mais aqui’. A polícia iraquiana os interceptou e os fez explodir. Isso também me impressionou: até mesmo isso é o fruto venenoso da guerra”, escreveu o papa.

Naquela visita, Francisco realizou uma oração numa igreja destruída em Mosul, cidade antes dominada pelo Estado Islâmico, e pediu tolerância religiosa.

“Reafirmamos nossa convicção de que a fraternidade é mais duradoura que o fratricídio, que a esperança é mais poderosa que o ódio, que a paz é mais poderosa que a guerra”, declarou o papa aos presentes.

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