Bento XVI participa de encontro no Vaticano com aproximadamente 60 líderes judaicos norte-americanos| Foto: Alessia Pierdomenico / Reuters

O papa Bento XVI afirmou nesta quinta-feira (12) a líderes judaicos que qualquer negação do Holocausto é intolerável e inaceitável, especialmente se feita por um padre. O líder católico falou durante um encontro no Vaticano com aproximadamente 60 líderes judaicos norte-americanos, no qual também revelou que prepara uma visita a Israel, prevista para maio.

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A audiência foi marcada após o pontífice retirar a excomunhão de um bispo tradicionalista que negou o massacre sistemático de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-45), enfurecendo católicos e judeus. O papa, nascido na Alemanha, fez sua mais dura condenação do Holocausto até agora, durante a reunião.

O papa lembrou que o Holocausto foi um crime contra a humanidade. Ele também ressaltou que a Igreja Católica Romana está "profunda e irrevogavelmente comprometida a rejeitar todo antissemitismo".

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O bispo pivô da polêmica é Richard Williamson, que negou a existência de câmaras de gás na Segunda Guerra e disse que foram mortos muito menos judeus que os até 5 milhões normalmente citados. O Vaticano sustentou que Bento XVI não tinha conhecimento dessas declarações quando cancelou a excomunhão de Williamson e de outros três bispos ultraconservadores.

Visita

O Vaticano informou nesta quinta-feira que o pontífice visitará Israel em maio. Será a segunda visita oficial de um papa a esse país. Alguns levantaram a possibilidade de a viagem ser cancelada, pela polêmica causada por Williamson.

O papa João Paulo II fez a primeira visita oficial da maior autoridade da Igreja Católica ao país, em 2000. A outra ocasião em que um pontífice passou por Israel foi em 1964, quando Paulo VI passou apenas parte de um dia no país, sem chegar a Jerusalém Ocidental. Paulo VI, aliás, nunca usou a palavra "Israel" em público. As informações são da Associated Press.

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