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Os 2.000 convidados lerão desde o Gênesis até o Livro das Revelações: muçulmanos e judeus também participarão da leitura da Bíblia | Max Rossi / Reuters
Os 2.000 convidados lerão desde o Gênesis até o Livro das Revelações: muçulmanos e judeus também participarão da leitura da Bíblia| Foto: Max Rossi / Reuters

O Papa Bento XVI se prepara para liderar uma maratona. O Chefe da Igreja Católica comandará a partir de domingo a leitura, durante 139 horas ininterruptas, de toda a Bíblia. Entre os convidados para acompanhar o Pontífice estarão o jogador brasileiro Kaká, que é evangélico, além de outras personalidades como o ator Roberto Benigni (de "A vida é bela"), o tenor cego Andrea Bocelli e figuras do mundo político. No total, serão 2.000 convidados, que lerão desde o Gênesis, no Velho Testamento, até o Livro das Revelações, no Novo Testamento.

O início da leitura, que será transmitida ao vivo por dois canais da Rai, coincide com a abertura do Sínodo dos Bispos, a assembléia de eclesiásticos e leigos convocada pelo Papa, que será realizado no Vaticano. Parte do evento acontecerá na Basílica de Jerusalém.

Muçulmanos e judeus também farão leitura de trechos da Bíblia, mas o grande rabino de Roma, Riccardo Di Segni, não aceitou o convite, dizendo que o evento lhe pareceu "muito católico", embora manifestasse respeito pela iniciativa. Di Segni será a primeira autoridade religiosa judaica a participar do Sínodo dos Bispos.

O livro sagrado dos judeus - Torá - inclui os cinco primeiros livros do Velho Testamento. O Novo Testamento é exclusividade dos cristãos.

Os muçulmanos, por sua parte, consideram a Bíblia como a precursora do seu livro sagrado, o Corão.

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