O Papa Francisco realizou neste sábado (31) a indicação mais importante de seu pontificado até o momento, nomeando um diplomata veterano como seu secretário de Estado, primeiro-ministro do Vaticano e seu assessor chefe, um cargo que muitas vezes é chamado de "vice-papa". A indicação do Arcebispo Pietro Parolin coloca um fim na era do cardeal Tarciscio Bertone, que foi amplamente culpado por não ter evitado escândalos éticos e financeiros que marcaram o reinado de oito anos do ex-Papa Bento XVI, que renunciou ao cargo em fevereiro.
Parolin, um italiano de 58 anos, é atualmente o núncio (embaixador) na Venezuela e foi o vice-ministro de Relações Exteriores do Vaticano durante sete anos até 2009.
A escolha do Papa de seu secretário de Estado é importante porque define o tom da administração central do Vaticano, conhecida como Curia, além das missões diplomáticas ao redor do mundo.
Bertone, de 79 anos e que foi o secretário de Estado de praticamente todo o pontificado do Papa Bento, foi amplamente acusado de não vigiar o suficiente a Curia, que teve alguns de seus membros acusados de corrupção e favoritismo.
Um dos escândalos mais prejudiciais ao Vaticano sob Bertone foi o chamado "Vatileaks", quando o mordomo do então Papa roubou documentos importantes sobre corrupção da administração pontífice e os entregou a meios de comunicação.
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