O Papa Bento XVI dirigiu, nesta terça-feira (27), mensagem a 30.000 jovens europeus que vão se reunir a partir desta quarta-feira (28), em Berlim, a convite da Comunidade Ecumênica de Taizé (França), pedindo que "se libertem da escravidão do medo", e se envolvam mais na sociedade.
Os encontros, abertos aos que estão em busca de cura espiritual, são realizados em várias cidades europeias, animados pela irmandade de Taizé desde 1978. Foram criados pelo protestante suíço Roger Schutz (1915-2005), fundador da comunidade ecumênica, instalada na Borgonha (centro-leste da França). O irmão Aloïs, alemão e católico, sucedeu a ele, em 2005.
Participam jovens de várias nacionalidades, representando protestantes e católicos, com vida dedicada à oração e à meditação cristã.
Vindos principalmente da Europa, vão ficar na capital alemã até o dia 1º de janeiro, em busca de uma "nova solidariedade".
Em mensagem divulgada pela Rádio do Vaticano e pelo site da comunidade de Taizé, Bento XVI encorajou os cristãos, em plena crise econômica e financeira, a "abrirem em todo o mundo os caminhos da confiança", precisando que "a confiança não é uma ingenuidade cega".
"Ao se libertarem da escravidão do medo, diz a mensagem, (...) tornam-se mais perspicazes e mais disponíveis para responder aos numerosos desafios e dificuldades que devem enfrentar os homens e as mulheres de hoje".
Também dirigiram mensagens aos jovens o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I; o de Moscou, Kirill; o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams; o secretário-geral da Federação Luterana Mundial, Martin Junge; o secretário do Conselho ecumênico das Igrejas (COE) Olav Fyske-Tveit, assim como o secretário-geral da ONU, Ban-Ki-Moon, o presidente do Conselho europeu, Herman van Rompuy, e a chanceler Angela Merkel.