O papa Francisco pediu nesta terça-feira (25) a líderes da Europa mais medidas para ajudar os milhares de imigrantes que arriscam suas vidas para entrar no continente, dizendo que eles têm que evitar que o Mediterrâneo se torne "um amplo cemitério".
Em pronunciamento pela primeira vez ao Parlamento Europeu, Francisco também disse que a Europa deve criar empregos e não permitir que a burocracia de suas instituições sufoque os ideais que uma vez tornaram o continente um lugar vibrante.
O papa argentino tornou a defesa dos imigrantes e trabalhadores uma grande bandeira de seu papado. Ele tem atacado o sistema econômico global por fracassar em compartilhar riquezas e escolheu a pequena ilha de Lampedusa, no sul da Itália, local que muitos imigrantes morreram tentando chegar à Europa, como local de sua primeira viagem como pontífice.
Nesta terça-feira, ele pediu por uma Europa que "remonte não acerca da economia, mas acerca da sacralidade da pessoa humana". "Chegou a hora de promover políticas que gerem empregos, mas, acima de tudo, há a necessidade de restaurar dignidade ao trabalho ao garantir melhores condições trabalhistas", disse ele.
"Isso implica, de um lado, encontrar novos caminhos para unir flexibilidade de mercado com a necessidade de estabilidade e segurança da parte dos trabalhadores. Isso é indispensável para o desenvolvimento humano", disse Francisco.
O que Bolsonaro e a direita podem aprender com a vitória de Trump nos EUA
Perda de contato com a classe trabalhadora arruína democratas e acende alerta para petistas
O aumento dos juros e a chiadeira da esquerda; ouça o podcast
BC dá “puxão de orelha” no governo Lula e cobra compromisso com ajuste fiscal
Deixe sua opinião