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O papa Francisco pediu nesta segunda-feira (25) o fim das operações militares em Gaza, a libertação dos reféns e a resolução da questão palestina, em sua mensagem de Natal, que leu da sacada da Basílica de São Pedro.
Nessa mensagem, na qual citou vários dos conflitos mundiais, o pontífice pediu paz "em Israel e na Palestina, onde a guerra está abalando a vida dessas populações". "A todas abraço, em particular às comunidades cristãs de Gaza e de toda a Terra Santa", disse.
O papa também afirmou que carrega "no coração a dor pelas vítimas do execrável atentado de 7 de outubro" contra Israel, mas não citou o nome do grupo islâmico Hamas, que matou 1.200 pessoas naquele dia, dando início à atual guerra.
Francisco fez, ainda, "um premente apelo pela libertação de quantos se encontram ainda reféns" no enclave palestino, em relação aos 250 sequestrados pelo Hamas e outros grupos no ataque a Israel – mais de 100 foram libertados em uma troca por centenas de prisioneiros palestinos que estavam no país.
"Peço o fim das operações militares, com suas consequências dramáticas de vítimas civis inocentes, e que a situação humanitária desesperadora seja remediada, permitindo a chegada de ajuda", acrescentou o pontífice, sem citar nesse ponto Israel, que vem realizando ofensivas no enclave palestino desde o dia em que sofreu o ataque.
O papa também pediu "que a violência e o ódio parem, mas que uma solução para a questão palestina seja encontrada por meio de um diálogo sincero e perseverante entre as partes, sustentado por uma forte vontade política e pelo apoio da comunidade internacional".
Neste domingo, a esposa do primeiro-ministro israelense, Sara Netanyahu, enviou uma carta aberta ao papa solicitando sua "intervenção pessoal" e "sua influência" para a libertação dos 129 reféns que permanecem em Gaza, por considerar que a intervenção do pontífice poderia ser decisiva para salvar suas vidas.
Em 22 de novembro, Francisco recebeu um grupo de parentes de alguns dos reféns mantidos pelo Hamas e pediu uma nova trégua para que todos eles possam ser libertados, além de se reunir com pessoas ligadas a palestinos que não conseguem deixar Gaza.
Papa também pede fim da guerra na Ucrânia e em outras regiões do mundo
Durante a mensagem, o papa pediu o fim das guerras em Ucrânia, Síria, Iêmen e o fim das tensões entre as duas Coreias e em Sudão, Sudão do Sul, Camarões e República Democrática do Congo.
Francisco também pediu o fim da produção de armas e criticou as enormes quantias de dinheiro público gastas nesse setor.
"Mas, para dizer não à guerra, é preciso dizer não às armas. Com efeito, se o homem, cujo coração é instável e está ferido, encontrar instrumentos de morte nas mãos, mais cedo ou mais tarde vai usá-los. E como se pode falar de paz, se cresce a produção, a venda e o comércio das armas?", questionou.