O papa Francisco pediu nesta segunda-feira para que os governos aprovem leis que protejam "os direitos dos cidadãos", garantam "amparo aos imigrantes" e que "atuem sobre as causas e não somente sobre os efeitos".
É necessário "colocar em prática leis adequadas que sejam capazes de proteger os direitos dos cidadãos e de garantir, ao mesmo tempo, o amparo aos imigrantes. Quantas pessoas perdem a vida em viagens desumanas, submetidas a humilhações por parte de autênticos carrascos, ávidos por dinheiro?", questionou.
O pontífice lamentou a situação daqueles que "chegam sem documentos a lugares desconhecidos, cujo idioma não falam" e têm "dificuldades para encontrar trabalho".
Nesse panorama, o pontífice enfatizou a necessidade de "uma mudança de atitude: passar da indiferença e do medo para uma sincera aceitação do outro", durante uma reunião no Vaticano com membros do Corpo Diplomático credenciado perante a Santa Sé.
O papa aplaudiu o trabalho dos que, "inclusive à custa da própria vida, se dedicam a prestar assistência aos refugiados e aos imigrantes".
Além disso, incentivou a comunidade internacional a "atuar decididamente para resolver estas graves situações humanitárias e prestar a ajuda necessária aos países de origem dos imigrantes para favorecer seu desenvolvimento sócio-político e a superação dos conflitos internos, que são a principal causa deste fenômeno".
"É necessário atuar sobre as causas e não somente sobre os efeitos", ressaltou.
Só assim, segundo o papa, estes refugiados que fugiram de seus lugares de origem poderão "voltar um dia à sua pátria e contribuir para seu crescimento e desenvolvimento".