CIDADE DO VATICANO - O Papa Bento XVI disse nesta quarta-feira que sua primeira encíclica, que trata da caridade e da relação entre o amor espiritual e o amor carnal, será publicada no dia 25 de janeiro.
Bento XVI disse esperar que o documento mostre aos cristãos a relação adequada entre amor carnal e amor espiritual.
O Pontífice afirmou a peregrinos na audiência geral realizada toda semana que a encíclica, intitulada "Deus é Amor", será publicada na próxima quarta-feira, para coincidir com o encerramento de um período de um ano durante o qual a Igreja Católica reza pela unidade entre os cristãos.
- Nesta encíclica, eu quero mostrar o conceito de amor em suas diversas dimensões - afirmou o Pontífice. - Na terminologia usada hoje, o amor seguido aparece muito distante do que os cristãos pensam. O amor de Deus e o nosso amor são os fundamentos da unidade cristã e uma condição para a paz no mundo - acrescentou.
As pessoas presentes na audiência realizada no Vaticano começaram a aplaudir quando Bento XVI, eleito em abril passado, fez o comunicado, afirmando-lhes:
- Minha primeira encíclica será finalmente publicada.
Os principais temas da encíclica, o tipo de texto mais importante publicado pelos papas, são o amor e a caridade.
Bento XVI afirmou nesta quarta-feira esperar que sua primeira encíclica "ilumine e ajude nossa vida cristã".
Segundo meios de comunicação italianos, o Papa adverte no texto que o amor carnal pode se degradar ao mero sexo se não contar com o elemento balanceador do amor espiritual ou divino fundado na fé cristã.
Sem o elemento do amor espiritual no relacionamento de um casal, o marido e a mulher correm o risco de serem reduzidos a uma mercadoria, diz o Papa na encíclica.
Ao explicar seu ponto de vista, Bento XVI não cita apenas textos bíblicos, seus antecessores e ensinamentos da Igreja, mas também filósofos como o pensador René Descartes, do século XVII.
Acredita-se que o próprio Papa tenha escrito toda a primeira parte da encíclica ele mesmo. No entanto, a segunda parte - que trata do tema da caridade - já estava sendo composta nos anos finais do papado de João Paulo II, que morreu em abril.
A encíclica deveria ter sido publicada no dia 8 de dezembro. Mas, segundo membros do Vaticano, houve um atraso devido a vários acréscimos, mudanças e supressões no texto depois de comentários feitos por departamentos da Santa Sé e cardeais que leram sua versão inicial.
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