A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que o papa Francisco pediu aos governos da América do Sul que mantenham a união e o diálogo independentemente de seus matizes ideológicos, mas não fez menção à crise política na Venezuela durante audiência realizada ontem no Vaticano.
"Não houve menção específica a nenhum país, o que não era necessário. Houve uma menção clara à manutenção da unidade dos povos da América do Sul", declarou Cristina em entrevista coletiva concedida a jornalistas argentinos depois de um almoço com Francisco no hotel Santa Marta.
"Vocês precisam ficar juntos, unidos, não se separarem, e sim dialogar", disse o papa, segundo Cristina. "A ideia fundamental é que, independentemente dos matizes ideológicos, a região mantenha-se unida, solidária, conversando entre si", acrescentou a presidente argentina.
Cristina chegou um pouco atrasada e mancando à audiência com o papa. A presidente argentina machucou o tornozelo esquerdo na noite de domingo, enquanto andava dentro de seu quarto de hotel em Roma.
O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que o encontro teve "como objetivo apresentar ao santo padre os cumprimentos, as saudações e os sentimentos de afeto do povo argentino por ocasião do primeiro ano de pontificado" de Francisco.
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