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Papa Bento XVI rezou e chorou com vítimas de abusos em Malta | Alberto Pizzoli/AFP
Papa Bento XVI rezou e chorou com vítimas de abusos em Malta| Foto: Alberto Pizzoli/AFP

Sob o fogo dos ataques gerados pela avalanche de escândalos de pedofilia, o Papa Bento XVI se reuniu ontem, em Valletta, no arquipélago de Malta, com um pequeno grupo de pessoas que sofreram abusos sexuais cometidos por religiosos, manifestando a elas a "sua vergo­­nha". "Fiquei impressionado com a humildade do Papa. Ele tomou para si o constrangimento causado pelos outros e foi muito corajoso. Nos escutou individualmente, rezou e chorou conosco", declarou Law­­rence Grech, uma das vítimas.

Segundo o porta-voz do Va­­ticano, o padre Federico Lom­­bardi, oito homens, "jovens adultos", acompanhados pelos bispos de Malta e Gozzo, a ou­­tra ilha do arquipélago, foram recebidos durante 20 minutos na capela da nunciatura, embaixada do Vaticano, próximo a Valletta. "Ele teve um mo­­mento de orações silencioso, de joelhos, e depois o Santo Padre os recebeu um a um para ouvi-los e falar com eles. Depois, to­­dos rezaram juntos", acrescentou, indicando que o encontro foi realizado sob uma "atmosfera intensa, de emoção, mas serena".

Bento XVI assegurou que "a Igreja faz e fará tudo o que estiver em seu poder para investigar as acusações (de abusos sexuais), entregar à justiça as pessoas responsáveis e aplicar medidas concretas para proteger os jovens no futuro", indicou o Vaticano.

O encontro des­­te domingo é o terceiro do tipo para o Papa, que já recebeu em audiências as vítimas de padres pedófilos durante suas viagens à Aus­­trá­­lia e aos Estados Uni­­dos.

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