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Bento XVI visitou neste sábado (19) a cidade de Ouidah, a 43 quilômetros de Cotonou, centro da religião vodu e na qual está aquela que é considerada a primeira catedral da África Ocidental, de 1909, além da capela onde está enterrado o cardeal Bernardin Gantin, amigo pessoal do papa.

Milhares de pessoas, muitas delas vestidas com trajes típicos e outros confeccionados para a visita do papa, se amontoaram ao longo dos 43 quilômetros da estrada para saudar o pontífice, desafiando as altas temperaturas e a forte umidade.

Ouidah é conhecida também por ser o lugar de onde partiam os escravos de toda a região que eram vendidos por seus próprios compatriotas aos brancos e levados à América.

Nesta cidade está a chamada "Porta do Não Retorno". Os homens que morriam antes de tê-la passado eram sepultados na sua terra, mas caso passassem já não eram considerados homens, mas escravos. No ano 2000 os cristãos, que são 34% da população, construíram a "Porta do Perdão".

Em Ouidah vivem os "bukono", importantes sacerdotes vodu, e existem centros de iniciação dessa religião, mas a cidade também abriga a basílica da Imaculada Concepção de Maria, de 1909, considerada a primeira catedral da África Ocidental e um seminário, o mais importante da região, onde estudam seminaristas de vários países vizinhos.

Na sua capela está o túmulo do cardeal Bernardin Gantin, que nasceu no Benin em 1922 e morreu em 2008, um amigo pessoal de Bento XVI e um dos mais próximos colaboradores de João Paulo II.

Bento XVI visitou o local e rezou em silêncio durante alguns minutos, antes de se dirigir ao pátio do seminário com várias centenas de padres, seminaristas, religiosos e laicos, aos quais fez um apelo pela promoção da paz, da justiça e da reconciliação.

O papa também fez mais uma advertência contra o sincretismo e disse que o amor por Deus liberta do ocultismo e vence os espíritos malignos.

Do seminário, Bento XVI se dirigiu à basílica da Imaculada para assinar a exortação apostólica "Africae Munus" (O compromisso da África), documento com o qual conclui oficialmente o II Sínodo de Bispos para a África realizado em outubro de 2009 no Vaticano.

Bento XVI entregará neste domingo cópias do documento aos presidentes das 42 conferências episcopais africanas. O II Sínodo de Bispos para a África foi realizado de 4 a 25 de outubro de 2009 e contou com a participação de 244 bispos.

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