O papa Bento 16 comeu neste domingo (27) com sem-tetos, pobres e idosos em visita a um restaurante popular em Roma. A atividade foi marcada pelo reforço da segurança, após o incidente em que o papa foi derrubado por uma mulher durante a Missa do Galo.
O papa passou horas no restaurante popular administrado pela Comunidade de Santo Egídio, grupo católico que já foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz.
Bento 16 aparentava boa forma. Ele comeu junto com 150 pessoas e sentou-se perto de Qorbanali Esmaili, um afegão muçulmano de 34 anos, que tem status de refugiado político na Itália, onde já está por dez anos.
O papa dividiu a mesa também com um viúvo italiano de 94 anos, um cigano de 24 anos, uma mulher de 64 anos da Somália e um nigeriano de 35 anos.
Quando deixou o Vaticano, a segurança de Bento 16 era feita pela polícia italiana, que se juntou à segurança exclusiva do papa. O número de seguranças e guardas parecia maior neste domingo do que em outras visitas de Bento 16 em Roma.
A segurança exclusiva do Vaticano tem sido questionada desde quinta-feira à noite, quando Susanna Maiollo, 25, uma suíça-italiana, conseguiu agarrar a roupa do papa e derrubá-lo no chão.
Fontes do Vaticano afirmaram que os procedimentos de segurança serão revistos, mas que não haverá medidas que impeçam o contato direto do papa com os fiéis.
O Vaticano disse que ainda não decidiu se tomará medidas legais contra Maiollo, que tem um histórico de problemas mentais e está agora num instituto psiquiátrico italiano.
O Vaticano foi criticado porque Maiolo já tentara se jogar contra o papa no ano passado na Missa do Galo, mas foi contida naquela oportunidade.
O cardeal francês Roger Etchegaray, 87, que quebrou o fêmur no incidente da semana passada, foi operado e, segundo o Vaticano, passa bem.
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