O papa Bento 16 ainda vai visitar Israel em maio, informou uma autoridade israelense no domingo, apesar de judeus ao redor do mundo terem se irritado com a reabilitação de um bispo que nega que seis milhões de judeus tenham sido mortos durante o nazismo.
O museu e memorial nacional do Holocausto de Israel declarou que a decisão de suspender a excomunhão do bispo britânico Richard Williamson foi "escandalosa". Williamson disse que não houve câmaras de gás nos campos de concentração nazistas e que apenas 300 mil judeus foram mortos nestes campos, durante a Segunda Guerra Mundial.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou, no entanto, que a visita do pontífice, marcada para maio, não será desmarcada. "Acreditamos que a questão de excomungar ou não excomungar um membro da Igreja Católica Romana é uma questão interna", disse Robert Rozet, do memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém.
"De todo modo, achamos escandaloso que um membro da Igreja Católica, numa posição tão alta que é a de bispo negue o Holocausto", disse Rozet.
Já Yigal Palmor, porta-voz do Ministérios das Relações Exteriores de Israel, perguntado sobre o impacto da decisão sobre a visita do papa, afirmou: "Não. Isso não tem nada a ver com as relações entre os dois Estados".
Williamson é um dos quatro bispos tradicionalistas expulsos da Igreja Católica em 1988, por ter sido ordenado sem permissão do Vaticano.
Troca de comando na Câmara arrisca travar propostas que limitam poder do STF
População não vê virtudes do governo, a culpa é da oposição? Assista ao Entrelinhas
Big Brother religioso: relatório revela como a tecnologia é usada para reprimir cristãos
O problema do governo não é a comunicação ruim, mas a realidade que ele criou