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O procurador-geral dos EUA, Merrick B. Garland, disse que o acusado planejava “massacrar, em nome do Estado Islâmico, o maior número possível de judeus”
O procurador-geral dos EUA, Merrick B. Garland, disse que o acusado planejava “massacrar, em nome do Estado Islâmico, o maior número possível de judeus”| Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) divulgou nesta sexta-feira (6) que denunciou um cidadão paquistanês residente no Canadá, preso no país vizinho nesta semana, por planejar um ataque contra a comunidade judaica de Nova York em 7 de outubro, data em que se completará um ano dos ataques terroristas do Hamas contra Israel.

Segundo comunicado do DOJ, Muhammad Shahzeb Khan, 20 anos, também conhecido como Shahzeb Jadoon, foi preso na quarta-feira (4), num trabalho coordenado entre as autoridades americanas e canadenses.

Ele foi denunciado pela procuradoria do Distrito Sul de Nova York por tentar fornecer suporte material e recursos a uma organização terrorista estrangeira designada, o Estado Islâmico (EI).

“O réu é acusado de ter planejado um ataque terrorista na cidade de Nova York por volta de 7 de outubro deste ano com o objetivo declarado de massacrar, em nome do EI, o maior número possível de judeus”, disse o procurador-geral Merrick B. Garland no comunicado.

De acordo com a denúncia, Khan começou a se comunicar com outras pessoas em um aplicativo de mensagens criptografadas em novembro de 2023, no qual divulgou vídeos e outros materiais de propaganda do EI.

Depois, ele entrou em contato com dois policiais disfarçados, a quem começou a passar instruções para que obtivessem rifles de assalto, munição e outros materiais para os ataques, incluindo “boas facas de caça para que possamos cortar suas gargantas [de judeus]”.

De acordo com o comunicado do DOJ, o alvo inicial de Khan seria uma cidade não identificada, onde ocorreriam ataques coordenados.

Nas mensagens, segundo a denúncia, Khan disse que 7 e 11 de outubro seriam as melhores datas para os atentados – a primeira, porque certamente haverá “protestos” pelo aniversário de um ano dos ataques do Hamas a Israel, e a segunda, porque será o feriado judaico do Yom Kippur.

No mês passado, ele mudou seus planos para Nova York, que, segundo afirmou nas mensagens, seria “perfeita para atacar judeus” porque a cidade tem a “maior população judaica dos Estados Unidos”.

A meta do paquistanês se tornou então um ataque a um centro judaico no Brooklyn, informaram os procuradores. Para isso, ele chegou a sondar imóveis para alugar perto do local e pagar uma pessoa para fazê-lo atravessar a fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos.

De acordo com o DOJ, o paquistanês afirmou que se o plano fosse bem sucedido, “seria o maior ataque em solo americano desde o 11 de Setembro”.

Na última quarta-feira, Khan tentou ir para os Estados Unidos para levar adiante os próximos passos do plano. Ele usou três carros diferentes para viajar pelo Canadá e foi parado na região de Ormstown, a 19 km da fronteira com os EUA, onde foi preso. Se for considerado culpado, Khan pode ser sentenciado a até 20 anos de prisão.

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