O Exército do Paquistão confirmou nesta quarta-feira que o alto comandante do Taliban mulá Abdul Ghani Baradar foi capturado.

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"Após a conclusão de um procedimento detalhado de identificação, foi confirmado que uma das pessoas presas é o mulá Baradar", afirmou o Exército, acrescentando que o local de sua prisão e outros detalhes não podem ser divulgados por questões de segurança.

Autoridades dos EUA e paquistanesas, que não quiseram ser identificadas, afirmaram na terça-feira que Baradar foi capturado na cidade paquistanesa de Karachi em uma operação de agentes norte-americanos e do Paquistão.

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Os EUA, que lideram uma ofensiva da Otan contra o Taliban no Afeganistão, quer ajuda do Paquistão para enfrentar a militância islâmica na região da fronteira. Mas analistas e funcionários dos EUA disseram que ainda é cedo para dizer se a cooperação paquistanesa no caso de Baradar vai se repetir na captura de outros militantes procurados.

Na terça-feira, o ministro paquistanês do Interior, Rehman Malik, disse que não confirmaria a prisão de Baradar, mas que muita gente havia fugido das forças da Otan no Afeganistão, e vários militantes haviam sido apanhados no Paquistão. Ele negou que tivesse ocorrido qualquer operação conjunta EUA-Paquistão.

O governo paquistanês é aliado dos EUA, mas há um profundo antiamericanismo na opinião pública.

Uma fonte paquistanesa de inteligência disse que os agentes estavam procurando Baradar em Quetta, no sudoeste paquistanês, onde os EUA dizem que fica a sede do conselho de liderança do Taliban.

"Sentindo que poderia ser preso, ele de alguma forma escapou de Quetta para Karachi, talvez disfarçado. Foi aí que o prendemos, cerca de quatro dias atrás", disse essa fonte. "Ele está conosco e sendo interrogado."

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De acordo com essa fonte, "é claro" que houve envolvimento dos EUA. "Temos esse tipo de cooperação", acrescentou.

A prisão de Baradar ocorre em meio a uma nova tentativa de negociações de paz entre o governo do Afeganistão e o Taliban.