O Paquistão defendeu neste sábado (7) o relaxamento das restrições ao cientista nuclear Abdul Qadeer Khan, alegando que ele não representa mais uma ameaça, já que sua rede foi desmontada. O Superior Tribunal paquistanês decidiu ontem que Khan é um "cidadão livre", liberando-o de um regime de prisão domiciliar de fato imposto por causa de sua suposta participação no vazamento de tecnologia nuclear bélica a outros países, inclusive Coreia do Norte, Irã e Líbia. "Nós fomos bem-sucedidos em desmontar a rede que ele havia criado, e hoje ele não tem poder e não tem acesso a nenhuma das áreas sensíveis do Paquistão", disse o ministro das Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi. "A.Q. Khan já era.".

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Agora com 72 anos, Khan foi o arquiteto do programa nuclear do país e considerado um herói nacional pelos paquistaneses. Em 2004, ele assumiu sozinho a responsabilidade pelo vazamento de segredos nucleares, mas foi imediatamente perdoado pelo então presidente militar Pervez Musharraf e mantido em um regime de prisão domiciliar.

A decisão do tribunal paquistanês, no entanto, surpreendeu o novo governo dos Estados Unidos. O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Gordon Duguid, disse que Khan ainda representa um "sério risco de proliferação" de segredos nucleares. O primeiro-ministro do Paquistão, Yousuf Raza Gilani, disse que o governo iria lidar com as preocupações internacionais a respeito das novas liberdades de Khan, mas não forneceu mais detalhes.

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