Forças paquistanesas afirmam que mataram nesta sexta-feira (15) 55 combatentes do Taleban no Vale do Swat, noroeste do país, e levantaram um toque de recolher para permitir que milhares de civis deixem o local antes que as tropas ataquem a cidade, que está sob o controle dos insurgentes. O Paquistão prometeu retirar os militantes do Swat e de dois distritos próximos após forte pressão norte-americana para que tome medidas contra extremistas que ameaçam tanto o Paquistão quanto o vizinho Afeganistão.
Os militares afirmaram que os militantes estão cortando suas barbas e cabelos para misturarem-se com os refugiados que saem do vale e escapar. Eles apelaram para que os civis indiquem para as forças de segurança quem são os militantes e até mesmo informaram um número de telefone para que as pessoas façam denúncias anônimas. Contudo, num comunicado enviado por e-mail, o Exército disse que militantes haviam montado um contra-ataque e que três soldados foram mortos e 11 ficaram feridos em vários confrontos nas últimas 24 horas.
A operação no Vale do Swat é um importante teste para a determinação e habilidade do Paquistão em repelir o avanço dos militantes do Taleban, que no mês passado tomaram um distrito localizado a apenas 100 quilômetros da capital Islamabad. O Exército diz que está avançando devagar, numa tentativa de limitar as mortes de civis. A opinião pública parece apoiar a ofensiva. Mas analistas dizem que isso pode mudar rapidamente se os confrontos resultarem em grande número de civis mortos
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 900 mil pessoas já abandonaram a área em meio aos confrontos que, segundo o Exército, já mataram mais de 800 militantes e dezenas de soldados. Cerca de 80 mil pessoas foram para campos de refugiados estabelecidos pelo governo e pela ONU, a maioria deles nas proximidades de Mardan.
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