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O Paquistão anunciou nesta segunda-feira um ataque contra suspeitos de integrarem a rede terrorista Al-Qaeda, matando 80 pessoas e destruindo uma suposta central de treinamento terrorista no remoto distrito de Bajur. Em número de mortes, o ataque, feito por terra e apoiado por helicópteros capazes de disparar mísseis, pode ter sido o maior já feito pelo Paquistão contra suspeitos de terrorismo.

Segundo despacho da agência Associated Press, líderes locais e testemunhas dizem, porém, que as vítimas eram estudantes e professores que estavam numa escola de religião - uma "madrassa" - na vila de Chingai, perto da principal cidade de Bajur, Khar. A região é dominada por líderes tribais. Eles dizem que todas as vítimas eram pessoas inocentes, não terroristas.

Segundo o general Shaukat Sultan, porta-voz militar, entre os mortos há vítimas de outras nacionalidades que não a paquistanesa. Ele disse à agência de notícias que os militantes estavam envolvidos em atividades terroristas no Paquistão e "provavelmente no Afeganistão". Para ele, a madrassa era usada como fachada para o treinamento de terroristas. O Paquistão havia ordenado o fechamento da escola, segundo ele, e a ordem foi ignorada.

O ataque levou a uma peregrinação até o local, e cerca de 2 mil pessoas marcharam pela principal rua de Khar para protestar. A multidão gritou slogans pedindo a morte dos presidentes do Paquistão e dos Estados Unidos. Um ministro que representa a Província da Fronteira Noroeste disse que vai pedir demissão. Mais protestos deverão ocorrer na terça-feira.

O ataque aconteceu dois dias depois de uma marcha a favor do Talibã aconteceu perto do vilarejo de Damadola, em Bajur, a qual reuniu cinco mil pessoas, segundo a agência. E um acordo de paz entre os militares e os líderes tribais da região estava para ser assinado.

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