Aviões militares do Paquistão bombardearam nesta terça-feira alvos insurgentes no Waziristão do Sul, na fronteira com o Afeganistão. O governo informou que o objetivo da missão é debilitar os rebeldes antes do lançamento de uma grande ofensiva terrestre na região, que serve de reduto para a rede extremista Al-Qaeda e para a milícia fundamentalista islâmica Taleban.
O bombardeio ocorreu após os militantes lançarem, em pouco mais de uma semana, quatro grandes atentados no país, deixando mais de 120 mortos e mostrando que o grupo rebelde também tem influência fora das regiões tribais.
O Taleban assumiu a responsabilidade pelos ataques, inclusive pelo atentado do dia 6, que matou 41 pessoas no Vale do Swat - uma região onde o governo dizia ter banido a ação do grupo. Entre as outras ações do grupo estão um ataque suicida em um prédio da ONU, em Islamabad, e a invasão de uma base militar, em Rawalpindi.
O Exército acredita que 80% dos ataques lançados no Paquistão são planejados no Waziristão do Sul. Segundo o governo americano, os líderes insurgentes responsáveis pelo aumento da violência no vizinho Afeganistão também vivem na região.
Os militares informaram que o bombardeio atingiu os vilarejos de Makeen e Ladha e disseram que soldados que estão em bases nas redondezas também atacaram os redutos insurgentes. O Exército não revelou, contudo, quando a ofensiva terrestre terá início.
"Houve um intenso bombardeio. Eles tiveram como objetivo os esconderijos dos militantes e líderes tribais pró-Taleban", disse um funcionário do governo, sob condição de anonimato. Temendo a violência que virá com a ação, os civis começaram a fugir em massa do Waziristão do Sul e dos distritos adjacentes de Tank e Dera Ismail Khan.
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