O Paquistão libertou os 11 iranianos detidos na segunda-feira (26) perto da fronteira entre os dois países. O imbróglio ocorre em meio à tensão por um atentado suicida no dia 18 que, segundo Teerã, teria sido realizado por militantes auxiliados por funcionários da inteligência paquistanesa.
A Press TV do Irã afirmou que os 11 detidos não eram membros da Guarda Revolucionária. Segundo essa versão, trata-se de guardas da fronteira que perseguiam contrabandistas de combustível e teriam entrado "acidentalmente" no Paquistão. Os 11 homens foram detidos no distrito de Mashkel, a sete quilômetros distante da fronteira, na província do Baluquistão, no sudoeste.
O Paquistão é acusado de apoiar atividades militantes em dois outros países vizinhos, Afeganistão e Índia. Tensões com outra potência regional, como o Irã, apenas trariam mais problemas, no momento em que Islamabad trabalha para combater extremistas da Al-Qaeda e do Taleban em suas fronteiras.
Atentado suicida
O atentado suicida do dia 18 matou 15 membros da Guarda Revolucionária, incluindo cinco altos comandantes, e pelo menos mais 27 pessoas na cidade de Pishin. Funcionários iranianos culparam o grupo rebelde sunita Jundallah pelo ataque.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e o chefe da guarda nacional acusaram a inteligência paquistanesa de apoiar o Jundallah. Na semana passada, o chefe de polícia iraniano, general Esmaeil Ahmadi Moghadam, acusou o Paquistão de ter "responsabilidade direta" no ataque.
O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, prometeu cooperar com as investigações e qualificou os autores do ato como "inimigos dos dois países". O Paquistão e o Irã mantêm, em geral boas relações nos últimos anos. Em 2008, firmaram um importante pacto sobre um gasoduto de gás natural no Paquistão.
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