O Paquistão enviou artilharia e helicópteros de ataque para matar dezenas de combatentes do Taliban, disseram autoridades nesta quinta-feira, depois de o país abrir um segundo front contra os militantes perto de seu reduto na região tribal do Wazirstão.

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Já nos estágios finais de uma operação para retirar combatentes islâmicos do vale do Swat, numa região distante no noroeste e perto de Islamabad, os militares continuaram na terça-feira com a ofensiva no distrito de Bannu, depois que cerca de 800 militantes se infiltraram lá, vindos do Wazirstão.

Autoridades dos Estados Unidos, preocupadas com a possibilidade de o Taliban levar o caos ao Paquistão, país detentor de armas nucleares, receberam bem a ofensiva no Swat. Há informações de que o Wazirstão, onde é intensa a atividade do Taliban e da rede Al Qaeda, possa ser o próximo alvo do Exército.

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Localizada na porta de entrada do Wazirstão, Bannu fica a 150 quilômetros de Peshawar, a capital da Província da Fronteira Noroeste, onde um ataque suicida com caminhão-bomba contra um hotel de luxo matou na terça-feira pelo menos nove pessoas.

Um comunicado militar nesta quinta-feira afirmou que durante as últimas 24 horas 66 militantes foram mortos em combate, a maioria em Bannu e no Wazirstão do Sul, mas também em Swat.

Somente na região de Bannu mais de 130 militantes foram mortos desde que o Exército entrou em ação dois dias atrás, segundo militares e uma alta autoridade civil na área. Não há estimativas independentes de número de vítimas.

No Wazirstão do Sul, reduto do líder taliban paquistanês Baitullah Mehsud, cerca de 400 militantes atacaram dois fortes em Jandola e Siplatoi. Eles mataram três soldados, mas perderam 22 de seus militantes, segundo um comunicado militar.

Um ministro provincial foi ferido na região tribal de Darra Adam Khel, perto de Peshawar. Nesse ataque três pessoas morreram.

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A decisão do Paquistão de optar por uma ação militar no vale do Swat foi ajudada por uma mudança na opinião pública. O apoio popular pode mudar, no entanto, se não for bem conduzido o atendimento às cerca de 2,5 milhões de pessoas deslocadas pelo conflito no noroeste.

Nove entidades de ajuda afirmaram nesta quinta-feira em Londres que terão de interromper ou reduzir os suprimentos de ajuda se não for resolvida a crise no envio de recursos.

A ONU pediu 543 milhões de dólares, mas até o momento só recebeu 138 milhões de dólares.