O governo paquistanês se distanciou neste domingo (23) da iniciativa de um ministro que prometeu 100.000 dólares pela cabeça do diretor do filme anti-islâmico "Inocência dos Muçulmanos".
"Não é uma política do governo", afirmou à AFP um porta-voz do primeiro-ministro, que distanciou Islamabad da promessa do ministro de Ferrovias, Ghulan Ahmed Bilour, sábado, de pagar 100.000 dólares a quem matar o autor do filme panfletário.
Bilour fez o anúncio no sábado, em Peshawar.
"Anuncio hoje a esse blasfemo que abusou do sagrado profeta que, se alguém o matar, darei a essa pessoa uma recompensa de 100.000 dólares", disse o ministro.
"Também peço aos irmãos talibãs e da Al-Qaeda para que se associem a esta nobre ação", disse o ministro, acrescentando que mataria o autor do vídeo com suas próprias mãos se tivesse a oportunidade. "E depois podem me enforcar", acrescentou.
O Paquistão foi o principal foco muçulmano de manifestações contra o filme. Na sexta-feira, depois da grande oração, um grande protesto resultou em atos de violência, que deixaram 21 mortos.
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