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Violência

Paquistão pede calma após atentado com 43 mortos

O ministro paquistanês do Interior, Rehman Malik, pediu nesta terça-feira que Karachi mantenha a calma depois do atentado suicida que matou 43 pessoas na véspera, desencadeando tumultos no centro da maior cidade do país.

A explosão na procissão xiita da segunda-feira parece ser parte das retaliações realizadas pelo Taliban local desde o início da ofensiva militar contra seus redutos no noroeste paquistanês, em meados de outubro. Centenas de pessoas já morreram nesses ataques.

Aparentemente, o atentado desta semana pretendia espalhar o pânico e alimentar ódios sectários. Vigiadas por soldados, as ruas da cidade estão quase vazias.

"Apelo ao povo de Karachi para permanecer pacífico. Trata-se do centro econômico do Paquistão", disse Malik a jornalistas depois de assistir ao enterro de um soldado paramilitar que, segundo as autoridades, tentou conter o homem-bomba.

Refletindo a tensão na cidade, o pregão da Bolsa local terminou 75 minutos antes da hora habitual. Os investidores já aprenderam a levar a violência em conta, mas o prolongamento dos distúrbios pode afetar os mercados financeiros, num país já virtualmente em recessão. O índice mercantil fechou em baixa de 0,12 por cento, em 9.410,66 pontos.

O governo da província do Sindh, da qual Karachi é a capital, declarou feriado, mas os bancos abriram. O transporte público ficou interrompido, e a maioria das lojas baixou as portas em resposta ao dia de luto convocado por grupos políticos e religiosos.

"Nosso escritório e todo o prédio estão completamente queimados. Tudo foi destruído", disse Saleem Khan, gerente de uma locadora de veículos numa rua habitualmente movimentada.

O chefe de polícia Waseem Ahmed disse à Reuters que as investigações iniciais mostram que o homem-bomba tinha entre 18 e 20 anos e usou de 8 a 9 quilos de explosivos. Ele disse que pelo menos 500 lojas foram incendiadas.

"Está claro que os terroristas estão bem organizados. Eles querem desestabilizar o país", disse Anjum Naqvi, que participava da procissão atacada, que era alusiva à Ashura, principal data do calendário xiita.

As autoridades de saúde disseram que o número de mortos subiu para 43, e que há 52 pessoas ainda hospitalizadas. Esse foi o terceiro ataque em três dias em Karachi.

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