O Paquistão colocou o fundador de um grupo militante ao qual se atribui os ataques de Mumbai em prisão domiciliar nesta quinta-feira (11), numa resposta à intensa pressão para eliminar o que a Índia chama de "epicentro do terrorismo".
A detenção de Hafiz Saeed, fundador do grupo ilegal Lashkar-e-Taiba (LeT), que agora dirige a entidade de caridade Jamaat-ud-Dawa, considerada fachada do LeT, aconteceu depois que a Organização das Nações Unidas (ONU) o colocou na lista de sanções ao terrorismo.
"A polícia cercou a casa de Hafiz Saeed em Lahore e afirmou que ele não pode sair. Eles lhe disseram que a ordem de prisão formal será feita em breve", disse Abdullah Montazir, porta-voz de Saeed.
A Índia acusa o LeT pelos ataques de Mumbai que mataram 179 pessoas no mês passado e por outros acontecidos antes desse, incluindo um ataque em 2001 ao parlamento que quase provocou um novo confronto entre os dois rivais nucleares, que já travaram três guerras desde a independência da Grã-Bretanha em 1947.
Um porta-voz do Banco Central paquistanês informou que os bancos receberam diretrizes para congelar as contas da Jamaat-ud-Dawa, de Saeed e três associados incluídos nas sanções da ONU, que também proíbe os indivíduos da lista de viajar.
A polícia em Karachi e em Hyderabad lacrou os escritórios da Jamaat-ud-Dawa. Segundo redes de tevê, a instituição de caridade seria banida, embora nenhum anúncio oficial tenha sido feito ainda.
O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse, no entanto que as ações não têm sido suficientes. "Temos de galvanizar a comunidade internacional para lidar com firmeza e efetivamente com o epicentro do terrorismo, que está localizado no Paquistão. A infra-estrutura do terrorismo tem de ser destruída de forma permanente", declarou, antes da prisão domiciliar de Saeed.
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