A polícia do Paquistão prendeu nesta segunda-feira (26) 11 membros da Guarda Revolucionária do Irã por entrarem ilegalmente no país. As detenções ocorrem em meio à tensão por um atentado suicida que, segundo Teerã, foi realizado por militantes auxiliados por funcionários da inteligência paquistanesa.
Os 11 detidos foram levados a Mashkel, perto da fronteira comum entre as nações, na província do Baluquistão, sudoeste do país, segundo o oficial de polícia Dadur Raman. Ele disse que os policiais apreenderam dois veículos e estavam interrogando os homens.
Em um atentado no dia 18, seis membros da Guarda Revolucionária estavam entre os 42 mortos, no lado iraniano da fronteira, perto de Pishin. Funcionários do Irã culparam o grupo sunita rebelde Jundallah (Soldados de Alá) pelo ataque e acusaram membros da inteligência paquistanesa de apoiar o grupo. O Paquistão prometeu cooperar e capturar qualquer envolvido que esteja no país.
A Guarda Revolucionária é a mais forte força militar iraniana e está diretamente ligada aos clérigos que governam o país, inclusive ao líder supremo aiatolá Ali Khamenei. A guarda possui 120 mil membros e também controla o programa de mísseis do país, protege instalações nucleares e tem unidades próprias em terra, mar e ar.