Entenda o caso
No dia 1º de maio, os EUA entraram no Paquistão sem pedir permissão, mataram Bin Laden e saíram.
Remendo
- Nas semanas posteriores à operação militar, Washington tentou reparar as relações, o que levou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a viajar no fim de maio a Islamabad para se reunir com os principais líderes do Paquistão. Além de Hillary, vários outras figuras importantes viajaram ao país asiático, incluindo o número dois da CIA, Michael Morell.
Queixas
- As relações entre os dois países não parecem ter melhorado. Os EUA afirmaram publicamente que se reservam o direito de pôr em prática novas ações unilaterais contra os insurgentes no Paquistão, enquanto Islamadad se queixa que tais ações representam uma violação de soberania.
Golpe
- Agora, as prisões noticiadas agora representam um novo golpe às relações entre os dois países, que foram degradando progressivamente desde a operação que liquidou Bin Laden.
Resposta
- Depois da morte de Bin Laden, o governo paquistanês pediu retirada de 200 militares americanos do país.
Fonte: Da Redação, com Folhapress
O Paquistão deteve cinco informantes que forneceram dados para os Estados Unidos antes da operação que resultou no assassinato de Osama bin Laden no início de maio, informou o jornal The New York Times no fim da noite de terça-feira. Um deles é um major do Exército paquistanês.
As prisões foram efetuadas pela poderosa agência de espionagem ISI. O quinteto havia ajudado a norte-americana CIA com informações antes da operação contra o líder da Al-Qaeda.
O major teria copiado a placa dos carros que seguiam até o local onde vivia Bin Laden, na cidade de Abbottabad, a duas horas de carro da capital do país, Islamabad.
Militares do Paquistão negaram que qualquer oficial tivesse sido detido, garantindo que a história era "falsa e totalmente sem embasamento". Segundo o Times, o vice-diretor da CIA, Michael J. Morell, deu nota 3 para a cooperação em contraterrorismo entre os dois países, em uma escala de 1 a 10.
Um funcionário ocidental no Paquistão confirmou que cinco paquistaneses foram detidos pelo serviço de inteligência do Paquistão. Entre os presos, estão o dono de uma casa alugada à CIA para observar o complexo de Bin Laden em Abbottabad, disse o oficial norte-americano. O dono foi detido juntamente com vários outros paquistaneses, afirmou o oficial, que falou sob anonimato.
Já o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse ontem a senadores que a prisão de várias pessoas que forneceram informações à CIA antes do ataque americano que matou Osama bin Laden reflete a dura realidade do mundo atual. Embora Gates não tenha confirmado diretamente os informes, seus comentários foram os primeiros feitos publicamente por parte dos EUA sobre as prisões.
Refletindo a crescente impaciência do Congresso com a guerra do Afeganistão e com o apoio muitas vezes morno do Paquistão, o senador democrata Patrick Leahy questionou Gates durante a audiência, perguntando: "Há quanto tempo apoiamos um governo que mente para nós? Quando dizemos que é o suficiente?".
Gates respondeu que, com base em seus 27 anos na CIA e mais de quatro como chefe do Pentágono, "a maioria dos governos mentem uns para os outros. É assim que os negócios são feitos".
A discussão aconteceu durante uma audiência do subcomitê de verbas da defesa do Senado.
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