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O ministro de Relações Exteriores do Paquistão, xá Mehmood Qureshi, pediu à Índia hoje que entregue "provas concretas" contra os suspeitos pelos ataques em Mumbai, no mês passado.

Islamabad pressiona o país vizinho e rival a compartilhar informações no caso, a fim de punir os culpados. O governo da Índia acusou "elementos no Paquistão" de envolvimento nos ataques, que mataram mais de 160 pessoas no mês passado.

O pedido do ministro expõe o dilema do governo civil paquistanês - há menos de um ano no poder -, que precisa tanto satisfazer a comunidade internacional quanto não demonstrar fraqueza diante do rival histórico.

Qureshi apontou que as evidências até agora conseguidas pelas autoridades paquistanesas vieram por meio da imprensa, o que não era o suficiente para processar os suspeitos dos ataques. "A Índia precisa fornecer provas concretas para essas investigações avançarem", disse. "Nós não dividimos provas através da mídia. Há canais diplomáticos para isso.

O ministro de Relações Exteriores da Índia, Pranab Mukherjee, afirmou no fim de semana que seu país não se opunha a compartilhar as evidências no caso. No entanto, ele disse que nessa altura das investigações talvez fosse "prematuro compartilhar as provas". A Índia e o Paquistão travaram três guerras desde sua independência da Grã-Bretanha, em 1947.

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha apoiaram a afirmação indiana de que o grupo proscrito do Paquistão Lashkar-e-Taiba está por trás dos ataques em Mumbai.

Nova Délhi também alega que o único sobrevivente da operação é paquistanês. Islamabad prendeu suspeitos e fechou escritórios do Jamaat-ud-Dawa, uma entidade de caridade islâmica que a Organização das Nações Unidas (ONU) acusa de ser uma fachada para o Lashkar.

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