O ministro de Relações Exteriores do Paquistão, xá Mehmood Qureshi, disse hoje que seu país propôs uma investigação conjunta com a Índia sobre os ataques em Mumbai, na semana passada.

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"O governo do Paquistão ofereceu um mecanismo de investigação conjunta, e estamos prontos para formar tal equipe, que ajudará na investigação", disse

Qureshi em pronunciamento televisionado. Segundo o ministro, o Paquistão deseja "ir fundo" no caso e estava pronto para ampliar a cooperação e assistência.

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Qureshi organizou um encontro com diplomatas estrangeiros, a fim de explicar a postura do Paquistão diante dos ataques. Membros do governo indiano chegaram a apontar "elementos no Paquistão" como envolvidos nos ataques.

O ministro de Relações Exteriores da Índia, Pranab Mukherjee, disse que seu país não considerava uma operação militar contra o Paquistão. Porém, exigiu que o país persiga suspeitos de envolvimento nos ataques em Mumbai, que mataram mais de 170 pessoas.

O primeiro-ministro do Paquistão, Asif Ali Zardari, pediu provas de que havia cidadãos de seu país envolvidos nos crimes. Com os ataques cresceu a tensão entre as duas nações - ambas potências nucleares -, que já lutaram três guerras desde se tornarem independentes da Grã-Bretanha, em 1947.

Suspeitos - A lista de suspeitos divulgada pela Índia inclui supostos membros do Lashkar-e-Taiba, que podem estar envolvidos no ataque da semana passada e também são acusados por um atentado contra o Parlamento indiano, em 2001. Na lista consta o nome de Hafeez Saeed, fundador do Lashkar, grupo militante sediado no Paquistão. Outros nomes importantes são Maulana Masood Azhar, chefe do grupo Jaish-e-Mohammed, e Dawood Ibrahim, procurado na Índia sob a acusação de planejar os atentados em série em Mumbai em 1993, que mataram cerca de 300 pessoas.

Ibrahim foi apontado em 2003 pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos como um "terrorista global". Acredita-se que ele vive em Karachi, no sul paquistanês. Os dois países não têm nenhum acordo de extradição, e no passado o governo do Paquistão disse que não entregaria nenhum de seus cidadãos à Índia. O Paquistão nega que Ibrahim viva em seu território.

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