Para 92% dos judeus israelenses, a operação Margem Protetora, ofensiva sobre a faixa de Gaza, foi justificada. Este é um dos dados de uma pesquisa realizada pelo Israel Democracy Institute, divulgada nesta terça (19).
Entre os árabes israelenses, que representam cerca de um quinto da população do país, 62% acham que a operação não é justificada, e 24% veem razão em sua realização.
O uso da força também foi assunto da pesquisa. Para 48% dos judeus israelenses, a força usada foi proporcional, enquanto 45% acham que pouco poder de fogo foi empregado, e 6% acham que a força foi excessiva.
Por outro lado, 62% dos árabes israelenses acreditam que a força usada foi excessiva, 3% acham que foi apropriada e 10% a consideram insuficiente.
Os dados da pesquisa foram coletados em 11 e 12 de agosto, com 600 participantes.
Objetivos
O conflito teve início quando três adolescentes judeus foram sequestrados e mortos, e, em possível ato de retaliação, um garoto palestino também foi assassinado. Os episódios aumentaram a tensão na região, motivando uma extensa operação de busca pelos militares israelenses e o ataque de foguetes de Gaza a Israel.
Em 8 de julho, o Exército israelense iniciou a operação Margem Protetora, com o objetivo de restaurar a calma para a população israelense.
Entre o público judeu israelense, 51% acreditam que o governo tinha objetivos claros antes da operação, enquanto 47% acham que os objetivos não estavam claros.
Para 32% dos judeus israelenses, os resultados foram satisfatórios. Já entre os árabes israelenses, 8% ficaram satisfeitos.
Em relação ao Hamas, 58% dos judeus israelenses acham que nenhuma demanda do grupo deve ser aceita, e 41% acham que as propostas que não ameaçam a segurança israelense devem ser aceitas.