O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em conferência em Lima, Peru, em 2016.| Foto: EFE/Ernesto Arias
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Como se já não bastassem tantas informações que mancham a reputação do FBI, recebemos mais uma bomba de presente do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, sobre o serviço de inteligência americano durante as eleições de 2020.

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O FBI mentiu sobre uma suposta interferência russa como desculpa para pressionar o Facebook a censurar a história sobre o laptop de Hunter Biden, filho de Biden, depois divulgada pelo New York Post.

Em uma participação na última quinta-feira (25) no podcast The Joe Rogan Experience, do controverso comediante americano Joe Rogan, Zuckerberg admitiu que o Facebook deletou informações sobre o laptop e seu conteúdo nas semanas anteriores às eleições presidenciais de 2020, depois que agentes do FBI pediram para se reunir com a equipe dele para fornecer "avisos terríveis" de um suposto despejo de fake news russa sobre as eleições.

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Embora Zuckerberg tenha dito que não conseguia se lembrar se os agentes do FBI mencionaram especificamente a história do laptop de Hunter Biden no aviso, ele afirmou que ela “se encaixava no padrão” a que se referia o FBI, por isso apagou o conteúdo.

Zuckerberg estava estranhamente orgulhoso de ter feito apenas uma limitação do conteúdo sobre o laptop de Hunter no Facebook (agora Meta), em vez de promover uma total censura da história, como fez o Twitter.

Quando pressionado pelo apresentador, Zuckerberg não informou o tamanho da censura de sua empresa à história do laptop, apenas contou que "menos pessoas viram”. Dada a influência gigantesca do Facebook, provavelmente esse "menos pessoas" diz respeito a muitos milhões — e possivelmente o suficiente para ter dado a eleição para Donald Trump em vez de Joe Biden, caso a história tivesse ganhado força.

Os americanos deveriam ouvir esse episódio do podcast sem esquecer o contexto em que o Facebook tomou uma ação de censura tão drástica. Em outubro de 2020, a plataforma afirmou que a eliminação da história de Hunter Biden era “parte do processo padrão para reduzir a desinformação”. Observe que não houve nenhuma menção ao envolvimento do FBI.

Ou o porta-voz do Facebook, Andy Stone, estava mentindo na época, ou o envolvimento do FBI fazia parte do “processo padrão” do Facebook o tempo todo.

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Esse mesmo FBI teve acesso ao laptop abandonado de Biden desde 2019, bem antes de Zuckerberg e sua equipe receberem avisos de “desinformação” russa do FBI. Assim que o Facebook e outros sites se moveram para apagar a história de Hunter, por que o FBI não voltou a eles e disse que a Constituição protege a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão, e que os agentes nunca pediram pela eliminação de informações verdadeiras?

Dado o quão hiperpartidário e antiTrump o FBI se tornou nos últimos anos, é possível que o serviço de inteligência realmente tivesse o conteúdo condenável do laptop de Hunter em mente quando os agentes abordaram o Facebook com seu pedido para que o gigante da mídia social apagasse o discurso político?

Lembre-se de que 51 ex-funcionários de inteligência de esquerda, sem nenhuma evidência, assinaram uma carta pública rotulando a história do laptop de Hunter Biden como “desinformação russa clássica” poucos dias antes do primeiro debate presidencial.

Talvez tenha sido o FBI que pediu a seus amigos espiões para publicar a carta, para dar cobertura à campanha de pressão sobre empresas como o Facebook. Muito parecido com o vazamento seletivo do FBI do “dossiê Steele”, uma farsa sobre Trump e Rússia. Já vimos esse filme antes.

O povo americano, como se tornou costume, foi mantido no escuro. Por que o Facebook não divulgou sua cooperação com o FBI ao apagar o discurso? Por que o FBI também não divulgou nada?

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Os legisladores em nível federal e estadual devem estabelecer padrões de transparência e conduta para plataformas de internet e agências que governam o discurso político que influencia as eleições.

A recente reclamação do especialista em segurança de rede e hacker Peiter “Mudge” Zatko contra o Twitter também é relevante. Zatko revelou o verdadeiro tamanho da falha dessa plataforma na proteção de dados privados e na moderação responsável do conteúdo que os usuários veem.

Pode ser que o Facebook tenha controles internos melhores ​​do que o Twitter. Mas, por outro lado, talvez tenha as mesmas questões questionáveis ​​das quais o Twitter foi vítima: não apenas estar sujeito à influência estrangeira, mas permitir aos funcionários acesso irrestrito para editar o conteúdo dos usuários.

Novamente, os americanos não sabem disso, porque nossas leis deixaram as pessoas cegas para entender como oligarcas tecnológicos irresponsáveis ​​governam plataformas tão importantes para a vida cotidiana.

Há uma necessidade de procedimentos operacionais padronizados sobre como as plataformas digitais julgam suas decisões de conteúdo. E com esses padrões mínimos deve vir a transparência absoluta, disponível em tempo real.

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Não há como voltar atrás e recuperar as eleições de 2020. Eleitores em Ohio e Pensilvânia não podem reformular suas cédulas nem buscar indenização pela manipulação da verdade feita no Facebook em outubro de 2020. O estado de direito não pode preservar a confiança dos americanos nas instituições que deveriam manter nossa sociedade civil estável.

Não existe recurso para questões tão críticas e oportunas do discurso político na era digital. Os representantes do povo devem estabelecer e aplicar regras que impeçam que a Big Tech — grupo de grandes empresas de tecnologia que dominam o setor — tome secretamente a iniciativa de influenciar as eleições americanas a mando do FBI. Tanto a Big Tech quanto a Big Surveillance — literalmente, a grande vigilância (ou seja, o FBI) —​​ precisam ser controladas.

A frase de efeito mais contundente da entrevista de Zuckerberg veio depois que Rogan perguntou se ele se arrependia de ter "apagado a verdade".

Zuckerberg respondeu: "É uma droga. Acho que é como passar por um julgamento criminal, mas ser provado inocente no final". Esse falso pedido de desculpas perde completamente o sentido. Sim, a verdade veio à tona, mas somente depois que a interferência eleitoral do FBI e da Big Tech foi feita.

Junte a revelação de Zuckerberg com a farsa da Rússia, os e-mails de Hillary Clinton e o ataque chocante do FBI à residência privada de Trump, e tem-se a sensação de que nossas organizações privadas e públicas, outrora confiáveis, estão desmoronando e precisando urgentemente de reforma, por força da lei.

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Will Thibeau é analista de políticas no Tech Policy Center da Heritage Foundation.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
©2022 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.