O cientista político Luis Pedro España, da Universidade Católica Andrés Bello, avalia que há dois cenários para o período pós-eleitoral na Venezuela: conciliação ou confronto. "O governo diz estar em um cenário de revolução. Nesse quadro, é necessário continuar sendo governo", afirma.
Apesar disso, para España não haverá necessariamente um cenário de radicalização, e o governo Chávez pode moderar seu discurso e trabalhar com os opositores eleitos.
O professor aponta que o resultado final dará aos dois lados a possibilidade de cantar vitória. O governo deve vencer em números absolutos e manter o controle sobre a maioria do país. Porém, a oposição avançará sobre alguns estados e prefeituras importantes, o que também lhe permitirá comemorar. "O resultado será ambíguo; a leitura de quem ganhou e quem perdeu também."
A marca dessas eleições deve ser a reorganização dos oposicionistas. O próprio ex-candidato presidencial Rosales, porém, admitiu que ainda não há um quadro em que a oposição possa aspirar à presidência. De qualquer modo, após os oposicionistas se retirarem das eleições legislativas de 2005, afirmando que havia corrupção, o cenário que se avizinha é "um mapa de várias cores", nas palavras de Carrasquero.
Para o cientista político venezuelano Rafael Villa, professor da Universidade de São Paulo, o grande marco do fôlego novo da oposição não são as eleições deste domingo, mas o referendo constitucional de dezembro do ano passado em que Chávez viu seu projeto de reforma derrotado.
"Não há dúvida de que a oposição está de fôlego novo, mas a questão é se está assim porque se articula melhor agora, está mais organizada, ou por causa dos problemas internos do governo Chávez.
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